Português venceu duas das quatro etapas da prova e terminou no 32.º lugar. Georg Zimmermann conquista esta edição
O ciclista português Ivo Oliveira (UAE Emirates) conquistou, esta sexta-feira, a quarta e última etapa do Giro d’Abruzzo, no centro de Itália, batendo ao sprint, no ataque final, o neerlandês Sjoerd Bax (Q36.5 Pro Cycling).
Ivo Oliveira, que já tinha ganho a segunda etapa do Giro d’Abruzzo, na quarta-feira, passou na meta com o tempo de 03h58m49s, o mesmo tempo de Bax. O ciclista luso bonificou ainda dez segundos com o triunfo, na ligação de 164 quilómetros entre Corropoli e Isola del Gran Sasso (Santuario di San Gabriele).
O top-10 ficou fechado com sete italianos e um mexicano, tendo Giovanni Bortoluzzi (General Store – Essegibi – Fratelli Curia) sido o terceiro classificado, a 12 segundos de Oliveira e Bax. O pelotão chegou a esta distância, não tendo, por isso, havido, alterações nos lugares cimeiros da classificação geral.
O alemão Georg Zimmermann (Intermarché – Wanty) sagrou-se, assim, campeão desta edição do Giro D’Abruzzo, com o tempo de 15h06m08s. Ficou com 11 segundos de vantagem para o espanhol David de la Cruz (Q36.5 Pro Cycling), segundo. Em terceiro lugar acabou o também espanhol Pablo Torres (UAE Emirates), a 18 segundos do germânico.
Ivo Oliveira ficou no 32.º lugar da classificação geral, a 14 minutos e três segundos de Zimmermann.
Estas foram as primeiras vitórias de Ivo Oliveira no ciclismo de estrada desde 2023.
«Não tenho palavras, é incrível»
No final, em declarações aos canais da organização, Ivo Oliveira mostrou a grande satisfação que tinha pela conquista de nova etapa na região de Abruzos. «Não tenho palavras. Se há dois dias eu estava nas nuvens, não consigo dizer o que sinto agora. Não era suposto ser assim. Sim, era suposto ganhar a fuga, comigo, com o Rune [Herregodts] ou com o Julius [Johansen], acabei por ficar numa fuga forte, tenho de dar créditos à malta que esteve na fuga comigo, porque eles colaboraram praticamente até ao fim», afirmou.
«No fim, tinha três antigos colegas comigo, o Joel [Suter], o George [Bennett] e o Bax, conheço-os muito bem e quando o Bax ia na descida, eu sabia que tinha de aproximar-me imediatamente, porque se se dá metros ao Bax, ele vai embora. E quando me aproximei, concordámos em colaborar até ao fim e foi tudo sobre o sprint. Eu tenho um bom arranque e estou sem palavras, obrigado à equipa por esta oportunidade», explicou.
«Nos dias de hoje é tão difícil ganhar uma corrida e em quatro dias ganho duas etapas, é incrível», concluiu.