Atleta foi o único português medalhado nos Mundiais de Doha
O atleta português João Vieira afirmou, esta segunda-feira, à chegada a Portugal, que a prova dos 50 km marcha no Campeonato do Mundo de atletismo, na qual conquistou a medalha de prata, foi «a mais difícil» da carreira.
Vieira argumentou que tal foi «devido às condições climatéricas e o horário tardio da competição» e destacou que «é sempre bom regressar a casa, sobretudo com uma medalha ao peito» e que «o trabalho foi bem feito e a medalha é gratificante».
O único português medalhado em Doha admitiu que os últimos 12 quilómetros foram cruciais para ditarem a sua subida ao pódio.
«A partir do 38.º quilómetro, quando comecei a apanhar adversários que estavam a ficar mais lentos, senti que podia chegar às medalhas. A partir daí, foi um galgar de lugares. Tinha o controlo da competição, segui ao risco as diretrizes preparadas com a minha treinadora», afirmou, em declarações aos jornalistas, no aeroporto de Lisboa.
João Vieira quer já começar a preparar os Jogos Olímpicos, em Tóquio, mas antes o tempo será de recuperação. No entanto, o atleta avançou ainda a receita para a longevidade na carreira desportiva.
«O segredo da longevidade é ser um atleta profissional e correto naquilo que faço. A humildade tem-me ajudado nestes anos todos e não ter fraquejado a condição física dá-me alento para continuar a fazer bons resultados», concluiu.
Recorde-se que o português completou a prova em 4:04.59 horas, não conseguindo superar o novo campeão do mundo Yusuke Suzuki,, por 39 segundos.
Aos 43 anos, foi a 11.ª participação do atleta em mundiais, tendo conquistado o melhor resultado da carreira, o que o tornou o mais velho medalhado de sempre nos campeonatos do mundo
