Trabalho da ONG também já permitiu à aldeia ter acesso a água potável e beneficiar de um ponto de energia solar
A ajuda pós-ciclone de uma organização não-governamental (ONG) portuguesa a uma aldeia no centro de Moçambique culminou na construção de três salas de aula com parceiros internacionais, anunciou esta sexta-feira em comunicado.
“Chegámos à aldeia de Montechimoio logo após o ciclone Idai” e “a situação em que encontrámos a comunidade era tão precária, sem água potável nem escola, que decidimos permanecer e iniciar um programa de apoio”, disse David Fernandes, diretor da ONG The Big Hand.
O programa tem apoiado crianças em risco com “distribuição de material escolar, plano de apoio alimentar e nutricional, bem como vigilância médica”.
A pandemia de covid-19 e a crise na Europa “dificultam o trabalho”, lamenta a ONG, que contou com o apoio da Missão de Formação Militar da UE (EUTM Moçambique) e da fundação alemã Kids Unlimited Trust (Fundação Alemã), que se associaram ao projeto.
Na aldeia de Montechimoio, distrito de Vanduzi, vivem cerca de 800 pessoas, das quais 300 são crianças.
O trabalho da ONG também já permitiu à aldeia ter acesso a água potável e beneficiar de um ponto de energia solar.
A The Big Hand pretende ainda construir, durante o ano de 2023, mais duas salas de aula para implementação do ensino pré-escolar e uma biblioteca onde será dinamizado o Clube da Rapariga.
O clube será “fundamental para capacitar os jovens sobre a igualdade de género de modo a combater o abandono escolar, o casamento e gravidez precoce”, conclui.
A ONG portuguesa foi fundada em 2010 e, segundo os seus próprios dados, apoia cerca de 10.000 crianças em várias aldeias na província de Manica.
