Foi encontrado congelado numa caverna. Quase 50 anos depois, resolveu-se o mistério do "Homem do Pináculo"

CNN , Graham Hurley
7 set, 09:00
O Gabinete de Medicina Legal do Condado de Berks, na Pensilvânia, identificou os restos mortais como sendo de Nicholas Paul Grubb, um homem de 27 anos de Fort Washington, Pensilvânia (Gabinete de Medicina Legal do Condado de Berks via WFMZ)

Um caso cheio de contratempos, mas que acabou por ter respostas

Foi finalmente identificado um homem cujo corpo foi encontrado congelado numa caverna na Pensilvânia em 1977, pondo fim a um mistério com quase 50 anos.

O Gabinete de Medicina Legal do Condado de Berks identificou  os restos mortais como sendo de Nicholas Paul Grubb, um homem de 27 anos originário de Fort Washington, Pensilvânia.

Por muito surpreendente que possa parecer, a tecnologia avançada não teve qualquer papel na hora de identificar o “Homem do Pináculo”, cognome inspirado no pico das Montanhas Apalaches perto de onde Grubb foi encontrado.

Em vez disso, explicou o médico legista do condado de Berks, John Fielding, em conferência de imprensa, a Polícia do Estado da Pensilvânia descobriu o elo perdido para o caso, que já estava arquivado, à moda antiga, vasculhando nos arquivos.

“Homem do Pináculo” descoberto por montanhistas

A 16 de janeiro de 1977, vários montanhistas encontraram um corpo de um homem congelado numa caverna logo abaixo do Pináculo, em Albany Township, recordou o médico legista do condado de Berks em conferência de imprensa.

Durante a autópsia não foi possível identificar o homem com base na sua aparência, roupas ou pertences, segundo George Holmes, médico legista do condado de Berks. Foi apurada como causa da morte, segundo Holmes, uma overdose induzida por drogas. Não havia sinais no corpo de Grubb que sugerissem a prática de um crime.

Foram recolhidos registos dentários e impressões digitais do homem durante a autópsia, segundo Holmes. Ainda assim, as impressões digitais acabaram extraviadas.

Um avanço no caso

Passaram-se mais de 42 anos até que as autoridades regressassem a este caso, que estava arquivado. A WFMZ, afiliada da CNN, noticiou que o corpo de Grubb foi exumado em 2019 depois de os registos dentários o terem ligado aos casos de duas pessoas desaparecidas nos estados da Flórida e de Illinois.

Os especialistas forenses do condado de Berks levaram a cabo um exame em 2019. As amostras de ADN foram utilizadas para atualizar o registo no sistema nacional de pessoas desaparecidas e não identificadas, conhecido como NamUS. Contudo, não correspondiam às pessoas desaparecidas nos dois casos.

Damos um salto até ao início de agosto, quando se deu um grande desenvolvimento neste caso. Ian Keck, da Polícia do Estado da Pensilvânia, encontrou as impressões digitais que estavam perdidas desde a autópsia de Grubb, em 1977.

Keck submeteu o cartão com as impressões digitais ao NamUS a 12 de agosto, segundo Holmes. E bastou uma hora para que um agente do FBI comparasse as impressões digitais do Homem do Pináculo com as de Grubb.

O Gabinete de Medicina Legal do Condado de Berks, que confirmou a identidade de Grubb, contactou um familiar do homem. Este familiar pediu às autoridades que colocassem os restos mortais de Grubb na sepultura da família.

“Esta identificação traz uma solução há muito esperada pela sua família, que foi notificada e expressou o seu agradecimento pelos esforços coletivos que tornaram isto possível. São momentos como estes que nos lembram a importância do nosso trabalho para encontrar respostas, para fechar casos e dar um nome e uma história a um corpo por identificar”, afirmou Fielding.

E.U.A.

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