"Finanças públicas devem ser um ativo do país e não um problema", diz Medina

Agência Lusa , FMC
15 jul 2022, 00:01
O ministro das Finanças, Fernando Medina, durante uma audição da Comissão de Assuntos Europeus na AR (Mário Cruz/ LUSA)

Ministro das Finanças defendeu necessidade de "governar de forma prudente"

As finanças públicas devem ser um ativo do país e não um problema, afirmou esta quinta-feira o ministro das Finanças, garantindo preferir ser criticado por não ir mais longe no défice do que correr o risco de não ter “contas certas”.

O ministro das Finanças, Fernando Medina, falava esta quinta-feira numa audição conjunta na Comissão de Assuntos Europeus e da Comissão de Orçamento e Finanças, no parlamento, reiterando a necessidade de o país seguir um caminho de “contas certas”.

“As finanças públicas devem continuar a ser um ativo do país e não um problema”, disse.

O governante defendeu a necessidade de “governar de forma prudente”, isto é, disse, “apoiar aquilo que podemos”, mas “nunca fazer aquilo que não temos a certeza de poder continuar amanhã”.

“Prefiro, naturalmente, receber a crítica de que não levei um défice mais longe do que aquele que legalmente posso levar, porque simplesmente me preocupo com o ano a seguir. O ano a seguir, sendo um ano com crescimento mais baixo do que teremos este ano […] não podemos estar numa situação de ser o Estado um problema, as finanças públicas um problema, não um ativo do país como são hoje”, vincou.

Para Medina, “as contas certas são importantes em todas as conjunturas”.

“Só alguém com uma grande miopia não percebe que as contas certas na conjuntura de incerteza que estamos a viver são um ativo absolutamente essencial para evitarmos problemas maiores, que um país sem contas certas poderia ter nesta altura”, acrescentou.

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