José Manuel Fernandes prometeu ajudas aos agriculturas que viram as culturas afetadas pelos incêndios
O ministro da Agricultura promete ajuda aos agricultores afetados pelos incêndios que lavraram no país na semana passada com fundos europeus e nacionais. José Manuel Fernandes lamenta, no entanto, a falta de fundos "imediatos".
"O que não existe e devia existir são instrumentos europeus que fossem de ajuda imediata e que não demorassem tempo - não existem e mesmo até em termos nacionais para tragédias deste tipo. Hoje falamos em incêndios, um dia destes pode ser cheias", disse esta terça-feira em declarações aos jornalistas, depois de uma visita a explorações agrícolas e áreas ardidas de Sever do Vouga e Albergaria-a-Velha.
José Manuel Fernandes reconhece, ainda assim, que o Governo está a "atuar de forma rápida", sendo a prioridade "a reparação". "A nossa prioridade é a reparação. Acudirmos, atendermos o mais rápido possível os atingidos", afirmou, sublinhando a "preocupação com a ração para os animais".
O ministro da Agricultura quer sobretudo ajudar os agricultores que viram as suas culturas afetadas pelos fogos. "Teremos recursos para os agricultores que foram afetados com as suas alfaias destruídas", garante. Para tal, vão estar disponíveis fundos europeus bem como nacionais, vindos do Orçamento do Estado, que devem chegar "no mais curto espaço de tempo".
Entre as preocupações com o setor e as promessas de ajuda, José Manuel Fernandes deixa ainda críticas ao líder da oposição. "Há quem procure tirar dividendos sem ter nenhum histórico positivo nesta matéria e que só olha para os municípios socialistas", atira.
Não foi uma indireta, foi mesmo uma "direta" para Pedro Nuno Santos, admite. "Vem dizer que não se apostou na prevenção, que não estamos no terreno e nós estamos em todas as frentes. Cheguei hoje de Bruxelas e ontem uma das coisas que reclamei em Bruxelas foi a rapidez e rapidez na decisão", garante.
Na segunda-feira, o primeiro-ministro anunciou que Portugal vai recorrer a 500 milhões de euros dos Fundos de Coesão da União Europeia para ajudar a cobrir os danos provocados pelos incêndios. "O diálogo com a presidente da Comissão Europeia desembocou na decisão de permitir que Portugal possa aceder a 500 milhões de euros dos fundos de coesão que nos estão destinados para os próximos anos e que possa cobrir os prejuízos que teve, com uma taxa de comparticipação que excecionalmente pode ser mesmo de 100%", disse Montenegro.