Luísa Sá Gomes foi condenada pelos crimes de abuso de poder, participação económica em negócio e falsificação de documento, no âmbito de um caso relacionado com ajustes diretos em empreitadas para construir ou remodelar alguns postos da GNR
A ministra da Agricultura nomeou uma jurista condenada a dois anos e três meses de pena suspensa para subdiretora-geral da Direção-Geral de Veterinária.
Luísa Sá Gomes foi condenada pelos crimes de abuso de poder, participação económica em negócio e falsificação de documento, no âmbito de um caso relacionado com ajustes diretos em empreitadas para construir ou remodelar alguns postos da GNR.
O julgamento foi, no entanto, anulado e mandado repetir pelo Tribunal da Relação de Lisboa, por suspeita de vários erros no processo. Foi durante esse período que a ministra da agricultura nomeou Luísa Sá Gomes para o cargo de subdiretora-geral da DGAV, antes mesmo de conhecer a sentença.
Confrontada pela CNN Portugal, Maria do Céu Antunes diz que o facto de a jurista estar a ser novamente julgada repõe o caso no mesmo ponto em que estava e afirma por isso não haver nada a acrescentar.
Apesar de o Ministério Público ter solicitado a inibição de funções, a ministra defende que Luísa Sá Gomes não foi condenada, nem foi alvo de qualquer sentença que implique a inibição do exercício de funções públicas ou de funções dirigentes.
Recorde-se que a última secretária de Estado da Agricultura foi Carla Alves, cuja polémica com processos que envolviam o marido levou à sua demissão, apenas um dia depois de ter tomado posse. Esta secretaria de Estado não tinha nomeado ninguém após esta demissão.
A ministra da Agricultura foi ouvida no Parlamento sobre a nomeação da ex-secretária de Estado Carla Alves onde garantiu que apenas soube das contas arrestadas da ex-secretária de Estado depois da tomada de posse e através da Comunicação Social.