Arquivado processo que envolvia vice-chefe do Exército por falta de indícios de crime

Agência Lusa , CE
27 fev 2023, 22:28
Militares

Esta decisão do Ministério Público refere-se a um segundo inquérito aberto na sequência de um primeiro, que investigou o desaparecimento de armas ocorrido há quatro anos no destacamento português integrado na missão da ONU na República Centro-Africana

O Ministério Público arquivou o processo contra o vice-chefe do Estado-Maior do Exército, tenente-general Guerra Pereira, por não terem sido apurados indícios de crime, disse à Lusa fonte oficial daquele ramo.

"Foi comunicado ao Exército, pelo Ministério Público, em 16 de fevereiro de 2023, que foi proferido despacho final de arquivamento no inquérito em que era arguido o Tenente-General Rui Davide Guerra Pereira, que desempenha as funções de Vice-Chefe do Estado-Maior do Exército, por não terem sido apurados indícios da prática de qualquer crime", respondeu o Exército, a uma pergunta da Lusa.

Esta decisão do Ministério Público refere-se a um segundo inquérito aberto na sequência de um primeiro, que investigou o desaparecimento de armas ocorrido há quatro anos no destacamento português integrado na missão da ONU na República Centro-Africana (RCA).

O primeiro inquérito já tinha sido arquivado mas decorria uma segunda investigação, por suspeita de encobrimento do desaparecimento das armas, segundo confirmou o ramo.

A notícia de que Guerra Pereira era arguido no caso do desaparecimento de armas na RCA, por suspeita de encobrimento, tinha sido avançada pelo jornal Nascer do Sol, no início de janeiro.

Em comunicado divulgado na altura, o Exército confirmou que correspondia à verdade que o vice-chefe do Estado-Maior do Exército “foi constituído arguido, no dia 12 de setembro de 2022, no âmbito de um processo de inquérito que corre os seus termos na 10.ª Secção do DIAP de Lisboa” e que “não foi deduzida qualquer acusação” contra o oficial.

Na mesma nota, o Exército referia um segundo inquérito, à altura ainda em aberto.

De acordo com a edição de 6 de janeiro do jornal Nascer do Sol, o “furto de armas do destacamento do Exército português, um conjunto de pistolas Walther de 9mm – só usadas por forças policias e militares e que atingem valores elevados no mercado negro –, ocorreu em janeiro de 2019 num campo da MINUSCA (Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização da República Centro-Africana)”.

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