Ministério da Administração Interna diz que apenas dois dos computadores roubados estavam a uso e "não existe qualquer risco de acesso a qualquer informação"

4 set, 07:09
Secretaria-geral da Administração Interna. Google Maps

Assalta à secretaria-geral do MAI aconteceu no dia 28 de agosto e o suspeito já foi detido. MAI garante ainda que câmaras de videovigilância estavam a funcionar, mas que havia "uma falha na gravação de imagens"

O Ministério da Administração Interna garantiu, esta quarta-feira, através de comunicado, que apenas dois dos computadores roubados da secretaria-geral do MAI estavam a uso e "não existe qualquer risco de acesso a qualquer informação".

"Importa, agora – e não antes, para não comprometer as investigações que estavam em curso – esclarecer que dos oito computadores furtados, só dois estavam a uso e os restantes eram computadores de reserva/substituição. Porém, em ambos os casos, seja nos computadores de reserva/substituição, seja no caso dos dois computadores que estavam a uso, não existiu, nem existe, qualquer risco de acesso a qualquer informação e ou documentos, confidenciais ou não", lê-se na nota.

Segundo o MAI, "os computadores furtados eram meros terminais de acesso a informação sediada em servidor e, logo, não acessível apenas com o computador, sem acesso à mesma".

"Ainda, assim, estes computadores não estavam, nem estiveram, ligados, nem tem acesso, a informação classificada ou de relevância", garantem.

Na mesma nota, o Ministério acrescenta ainda que o assalto aconteceu no edifício onde funciona a Secretaria-Geral da Administração Interna, na Rua de São Mamede, em Lisboa, e não no local onde funciona o Ministério da Administração Interna "que, como é do conhecimento de todos, funciona na ala oeste da Praça do Comércio (Terreiro do Paço) em Lisboa".

De acordo com o MAI, "contrariamente ao que vem sendo propalado, não corresponde à verdade que as câmaras de videovigilância, do edifício que sofreu a intrusão, estivessem avariadas ou desligadas, na altura da intrusão, já que estavam a funcionar normalmente e as imagens eram visíveis no respetivo posto de controlo".

"É, no entanto, verdade que havia uma falha na gravação de imagens que é uma coisa distinta do que vem sendo propalado por várias fontes não fidedignas, mas que não impediram a identificação do suspeito e a sua, agora, detenção", adiantam.

O suspeito de 39 anos de idade foi detido na segunda-feira e é suspeito do crime de furto qualificado no Ministério da Administração Interna em Lisboa.

Após o furto, no dia 28 de agosto, a PSP desencadeou uma investigação no terreno que levou à identificação e interceção do suspeito, que após diligências para recolha de prova levou à sua detenção fora de flagrante delito.

O detido, já com vasto histórico criminal, cumpriu pena de prisão em França, evadindo-se daqueles estabelecimentos prisionais, regressando a Portugal, no inicio do presente ano, e desde então tem vindo a praticar ilícitos da mesma natureza os quais correm os seus trâmites no DIAP de Lisboa.

O suspeito vai ser presente a tribunal para aplicação das respectivas medidas de coação.

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