Segundo o governador da região russa de Primorye, Gudkov liderava uma brigada envolvida nas operações militares contra a Ucrânia
O vice-chefe da Marinha russa, o major-general Mikhail Gudkov, foi morto num ataque ucraniano na região de Kursk, confirmou esta quinta-feira um responsável regional, citado pela Reuters.
Segundo Oleg Kozhemyako, governador da região russa de Primorye, Gudkov liderava também uma brigada envolvida nas operações militares contra a Ucrânia.
Este major-general é o 12.º general russo morto pela Ucrânia durante a guerra e cuja morte foi confirmada pelas autoridades russas.
A 1 de março de 2022, bem no início da guerra, o major-general Andrei Sukhovetsky foi morto por um sniper em Hostomel, nos arredores de Kiev, quando as forças russas tentavam tomar o aeroporto da localidade.
A 16 de abril do mesmo ano, o major-general Vladimir Frolov, vice-comandante da 8.ª Brigada de Armas Combinadas do Exército russo, morreu vítima de um ataque ucraniano. A sua morte foi apenas noticiada na imprensa russa quando se deu o funeral.
No dia 22 do mês seguinte, o major-general na reserva Kanamat Botashev, provavelmente ao serviço do Grupo Wagner, foi morto em Luhansk quando o seu avião Sukhoi Su-25 foi abatido por um míssil Stinger, reportou o serviço da BBC em língua russa.
O tenente-general Roman Kutuzov foi o homem seguinte e, à semelhança de Botashev, morreu em Luhansk, disse o Moscow Times. Kutuzov, que morreu a 5 de junho de 2022, foi promovido a tenente-general postumamente.
Também em junho, mas já no ano de 2023, em plena contraofensiva ucraniana, o major-general Sergey Goryachev foi morto durante um ataque ucraniano em Zaporizhzhia, segundo o líder regional local pró-russo, Vladimir Rogov.
Em julho de 2023, o tenente-general Oleg Tsokov, vice-comandante do Distrito Militar do Sul das Forças Armadas da Rússia, morreu em Berdiansk, na região de Zaporizhzhia, após um ataque com mísseis ao posto de comando da 58.ª Brigada de Armas Combinadas.
Em novembro desse ano, o major-general Vladimir Zavadsky morreu longe da frente de combate. Este teve azar: morreu após ativar uma mina colocada pelo Exército russo.
Foi preciso esperar quase um ano para ver a Rússia confirmar a morte de outro general. A 28 de novembro de 2024, foi o major-general Pavel Klimenko a vítima. Não se sabem detalhes da sua morte, confirmada pelas suas irmãs.
Em dezembro, Igor Kirillov morreu vítima de um ataque dos serviços secretos ucranianos. Este tenente-general, na altura líder das Tropas de Defesa Radiológica, Química e Biológica das Forças Armadas da Rússia, foi morto após uma bomba colocada numa scooter ter sido detonada.
Também em dezembro, mas no dia 26, foi a vez do major-general Konstantin Smeshko, que morreu após um ataque ucraniano com recurso a um sistema HIMARS numa localização não conhecida.
Já este ano, no dia 25 de abril, outra morte high-profile: o tenente-general Yaroslav Moskalik, alto comandante do Estado-Maior, foi vítima de um carro bomba em Moscovo.
A Ucrânia reclama a morte de outros seis generais, que a Rússia não confirmou.