Comentador analisa os mais recentes desenvolvimentos no Médio Oriente, criticando duramente a postura do primeiro-ministro de Israel
No dia em que se ultrapassaram as 40 mil mortes na Faixa de Gaza, enquanto no Catar se tenta chegar a um cessar-fogo em negociações que não contam com o Hamas, Miguel Sousa Tavares deixou duras críticas ao primeiro-ministro de Israel.
Considera o comentador da TVI (do mesmo grupo da CNN Portugal) que Benjamin Netanyahu está a dificultar um acordo, até porque são essas informações que surgem das reuniões onde estão presentes enviados dos serviços secretos de Israel, Estados Unidos, Catar e Egito.
Em cima da mesa está um acordo de três pontos que foi apresentado em maio pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, mas ao qual o chefe do governo israelita parece estar sempre a fazer exigências de última hora, o que dificulta o acordo.
“Ele não quer acordo nenhum. Netanyahu neste momento, e eu vou medir as palavras, é o maior criminoso que existe à face da terra. É o responsável por 40 mil mortes, é o responsável pela barbaridade que se passa nas prisões de Israel, com a tortura e sodomização, violências absurdas sobre os prisioneiros palestinianos. É o responsável pela corrupção moral do Estado de Israel, transformou o Estado de Israel num Estado terrorista”, atirou.
Isto, na ótica de Miguel Sousa Tavares, para se perpetuar no poder e conseguir, assim, adiar um julgamento que há muito está marcado, e no qual terá de responder por corrupção.
“Está a defender o pescoço, porque se deixa de ser primeiro-ministro tem um julgamento em cima dele. Quer continuar em guerra e a prova mais evidente é o assassínio do antigo dirigente do Hamas, Ismail Haniyeh”, acrescentou.