A propósito da manifestação contra a imigração, Miguel Sousa Tavares critica a postura do presidente do Chega
A imigração não é um problema em Portugal e “todos os dados dizem que não”. Para Miguel Sousa Tavares, “basta pensar como é que funciona a economia deste país”, para se perceber a importância destas pessoas.
Depois de o Chega ter convocado uma manifestação contra a imigração, o comentador da TVI (do mesmo grupo da CNN Portugal) assinalou, na sua 5.ª Coluna do Jornal Nacional, que é “normal” que as pessoas estejam “enervadas”, nomeadamente quando “há um líder que apela à histeria de massas”.
“Eu não estou convencido que André Ventura não queira eleições e também não estou convencido que o Chega descesse em eleições”, refere, apontando antes uma outra reflexão: “André Ventura está a trabalhar, cada vez mais, nas franjas extremistas da sociedade. Esta manifestação era do Chega, mas tinha ao lado o 1143, a organização neonazi de Mário Machado, caminhando lado a lado”.
“Nunca tinha visto o André Ventura tão histérico”, confessa Miguel Sousa Tavares, falando numa “histeria total” com a bandeira à cintura e os “gritos” repetidos de “mentiras constantes”.
Entende o comentador que o presidente do Chega mais não faz do que utilizar uma tática introduzida pelo chefe da propaganda Nazi, Joseph Goebbels, de que “uma mentira repetida tantas vezes se torna verdade”.
“Não há imigrantes demais”, continua Miguel Sousa Tavares, citando um estudo da Universidade do Porto que até aponta que é necessário que cheguem mais, até porque são eles que “repõem a saúde demográfica”, nomeadamente pela natalidade.
Sobre a teoria de que o Estado tem de gastar demasiado com estas pessoas, Miguel Sousa Tavares volta a apresentar um dado já conhecido: o saldo é positivo para a Segurança Social em mais de 1,6 mil milhões de euros.
Miguel Sousa Tavares apresentou, de resto, uma série de dados que sustentam estas afirmações, e que podem ser consultados no vídeo associado ao artigo.