Salvamento resgata 58 imigrantes, incluindo uma criança e um bebé em Espanha

Agência Lusa , DCT
17 jan 2022, 17:12
Cerca de quatro mil migrantes chegaram às Ilhas Canárias em 2021

Todos foram levados para bordo do navio ‘Salvamar Mízar’ com destino ao porto de Gran Tarajal

A agência espanhola de busca e socorro no mar, a Salvamento Marítimo, resgatou esta segunda-feira 58 imigrantes de origem subsaariana, incluindo uma criança e um bebé, de um barco pneumático a cerca de 60 quilómetros de Morro Jable (Fuerteventura).

As buscas para encontrar o grupo começaram por volta das 10:00 da manhã, altura em que a Guarda Civil emitiu um aviso sobre a possível saída de um barco insuflável da costa de El Ayoun, avançou um porta-voz da agência.

Os 58 ocupantes do Baco (44 homens, 12 mulheres, uma criança e um bebé) foram encontrados por um helicóptero de Resgate Marítimo (Helimer 201) em mar agitado e com visibilidade reduzida, devido à neblina na área.

Todos foram levados para bordo do navio ‘Salvamar Mízar’ com destino ao porto de Gran Tarajal, onde devem chegar cerca das 16:30.

Já esta segunda-feira de manhã tinham sido encontradas 43 pessoas de origem subsaariana, incluindo três bebés, mortas na sequência do naufrágio do barco em que seguiam com destino às ilhas Canárias (Espanha), segundo a organização humanitária Caminando Fronteras, que adiantou haver 10 sobreviventes.

De acordo com informações fornecidas pelas famílias à organização não governamental (ONG), os migrantes viajavam num barco pneumático, que saiu da costa do Parque Nacional Khenifiss, 40 quilómetros ao norte de Tarfaya, zona onde há relatos de pelo menos outros quatro naufrágios em condições semelhantes.

Esta ONG especializada em migração afirma que a rota das costas atlânticas do noroeste de África até às ilhas espanholas provocou, no ano passado, a morte de 4.016 pessoas, num total de 214 naufrágios, tendo 2021 sido o ano “mais mortífero” desta rota.

Durante o ano passado, registou-se um aumento de barcos insufláveis a tentar fazer a travessia até à Europa, apesar de serem embarcações muito instáveis e que afundam facilmente, o que demonstra “uma nova realidade na rota do Atlântico”, alertou a porta-voz da organização.

A maioria dos barcos naufraga no meio do oceano e não chega a ser identificada a sua presença.

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