Alta Comissária da ONU diz que vacinação forçada é inaceitável, mas quer multas para quem recusar

Agência Lusa , DCT
8 dez 2021, 16:33
Michelle Bachelet

A vacina anti-covid-19 é obrigatória para adultos na Áustria, no Tajiquistão e no Turquemenistão, na Indonésia, na Micronésia e na Nova Caledónia

A Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos (ACNUR), Michelle Bachelet, considerou esta quarta-feira inaceitável a vacinação forçada contra a covid-19, mas admitiu "multas apropriadas" para quem recusar ser vacinado.

"Sob nenhuma circunstância as pessoas devem ser vacinadas [contra a covid-19] à força, embora a recusa de uma pessoa em cumprir a obrigação de vacinação possa ter consequências legais, como uma multa apropriada”, defendeu Michelle Bachelet, numa mensagem de vídeo esta quarta-feira divulgada.

Embora um certificado de vacinação seja exigido em cada vez mais países para certas atividades ou populações, poucos Estados exigem a vacinação para todos, uma medida de que deve permanecer como “último recurso absoluto”, segundo a Organização Mundial da Saúde.

A vacina anti-covid-19 é obrigatória para adultos na Áustria, no Tajiquistão e no Turquemenistão, na Indonésia, na Micronésia e na Nova Caledónia, um território francês com grande autonomia no sul do Pacífico, estando também em discussão na Alemanha.

Mas vários outros países – sobretudo da Europa e nos Estados Unidos - obrigam à vacinação certas categorias profissionais e adotaram restrições para os não vacinados.

A covid-19 provocou pelo menos 5.261.473 mortes em todo o mundo, entre mais de 265,80 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

 

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