Três músicas de Michael Jackson retiradas da Internet após suspeitas de que a voz não era do cantor

7 jul 2022, 21:49
Michael Jackson (Reuters)

Processo que deu entrada nos tribunais defende que não foi o músico quem deu voz aos temas

As músicas Monster, Keep Your Head Up e Breaking News de Michael Jackson foram removidas das plataformas de streaming de música, como o Spotify, a Apple Music e o YouTube. Em causa uma teoria que sugere que não foi o cantor que as gravou.

As três canções fazem parte do álbum póstumo do cantor que morreu em 2009, e tornaram-se polémicas quando começou a sugir uma dúvida: não parece ser a voz de Michael Jackson. O caso foi levado a tribunal por uma fã e as teorias continuam a surgir.

A história oficial é que o artista escreveu e gravou as músicas em 2007, mas há quem diga que a voz pertence a um músico de estúdio chamado Jason Malachi e até a família de Michael Jackson desconfiou da veracidade das canções. “Não soa como ele “, admitiu a irmã La Toya Jackson. 

É inclusivamente dito que Jason Malachi fez uma publicação no Facebook, em 2011, confirmando as teorias de que era dele a voz por trás das três músicas. Mais tarde, o seu manager afirmou que a publicação era falsa.

Em comunicado citado pela BBC, a Sony Music defendeu que esta remoção não confirma a veracidade das teorias, sendo que apenas foi feita de forma “a seguir em frente na conversa sobre estas músicas de uma vez por todas”.

A discográfica reforçou que nenhuma destas músicas foi apagada definitivamente visto que as canções ainda se encontram disponíveis no disco lançado em 2010, acrescentando que “este álbum contém nove músicas inéditas cantadas por Michael Jackson. Estas canções foram recentemente concluídas usando músicas das faixas vocais originais e músicas criadas por produtores."

Um argumento que não convence Vera Serova, uma fã do cantor que entrou com uma ação judicial coletiva contra várias produtoras, incluindo a Sony Music, e outra ação judicial contra várias pessoas envolvidas na produção do disco. A acusação baseia-se na venda de um produto mal representado e no que ela chama de fraude artística elaborada.

O tribunal removeu a ação judicial contra as produtoras, alegando não haver “conhecimento real da identidade do vocalista [em Breaking News, Monster e Keep Your Head Up]”, sendo que a acusação baseia o seu argumento “a partir da sua própria pesquisa e das evidências disponíveis''. O caso contra aqueles envolvidos na produção do disco continua em processo.

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