Metro Sul do Tejo com perturbações a partir das 17:00 devido a greve

Agência Lusa , AM
18 out 2022, 06:20
Metro Sul do Tejo

Protesto exige aumentos salariais, a progressão na carreira e melhor manutenção dos equipamentos

O serviço do Metro Sul do Tejo, em Almada e no Seixal, deverá sofrer perturbações entre esta terça-feira e sexta-feira no âmbito de uma greve para exigir aumentos salariais, a progressão na carreira e melhor manutenção dos equipamentos.

O Sindicato dos Maquinistas (SMAQ) agendou para este período uma greve às horas extraordinárias e uma paralisação total entre as 00:00 do dia 19, quarta-feira, e as 24:00 do dia 20 (quinta-feira).

A greve poderá causar "fortes pertubações" no serviço a partir das 17:00 desta terça-feira, segundo a Metro Transportes do Sul (MTS), empresa que explora o sistema de transportes públicos fornecido através do denominado metro ligeiro de superfície nos concelhos de Almada e Seixal, no distrito de Setúbal, com expansão projetada para os concelhos vizinhos de Barreiro e Moita, mas ainda não concretizada.

O primeiro troço foi inaugurado em 2007 e a rede atual está em funcionamento desde finais de 2008.

Em comunicado, o Sindicato dos Maquinistas explica que a greve surge “dada a persistente recusa da administração da MTS em negociar com o SMAQ um Acordo de Empresa que vá ao encontro das justas reivindicações dos trabalhadores”.

A estrutura sindical adianta ainda que percorreu todo o processo legal para convencer a empresa a negociar um Acordo de Empresa, tendo enviado uma proposta com conhecimento aos ministérios envolvidos e à Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT).

Contudo, a empresa manifestou-se “surpreendida” com o pré-aviso de greve, acusando o sindicato de ser intransigente e de não aceitar negociar, apesar da disponibilidade da transportadora.

A MTS assegura que tem mantido com o SMAQ e demais sindicatos representativos dos trabalhadores da empresa uma postura de diálogo constante, nunca tendo recusado qualquer reunião ou análise de casos concretos propostos pelas estruturas dos trabalhadores e “mantendo agora toda a disponibilidade para chegar a um acordo com o SMAQ de forma a manter a paz social na empresa”.

Segundo a MTS, foi proposto um aumento salarial em linha com as orientações do Governo para o setor privado e há disponibilidade para, dentro das capacidades da empresa, melhorar as condições de trabalho numa negociação com o sindicato.

A transportadora garantiu que propôs a fixação de um calendário de curto prazo para negociar estas matérias com o SMAQ e que o sindicado recusou as propostas sem apresentar qualquer contraproposta, decidindo manter a greve.

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