IPMA já antecipa fenómenos extremos com 72 horas de antecedência

16 abr, 06:54

Sede do Instituto Português do Mar e da Atmosfera - IPMA (LUSA/António Pedro Santos)

REVISTA DE IMPRENSA || Instituto tem novo sistema

Após um investimento de 10 milhões de euros, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) reforçou a capacidade de previsão de fenómenos extremos, antecipando-os agora com 72 horas de antecedência, em vez das 48 de há um ano e "obter uma precisão muito mais afinada sobre a sua localização”.

Segundo o Diário de Notícias, que cita o presidente do IPMA, o novo sistema foi posto à prova com cinco depressões entre março e abril, num recorde histórico.

“Nós temos hoje sete radares instalados no território português, com a recente renovação total dos radares de Coruche e Loulé, e a inauguração, a 24 de março, do último radar dos Açores, na Ilha das Flores. Agora temos radares nos grupos oriental, central e ocidental, o que implica uma cobertura de mil quilómetros longitudinais e 300 quilómetros em volta de cada radar. Portanto, isso, juntamente com a rede de satélites a que estamos associados, e a supercomputação dá-nos uma capacidade de previsão da chegada de fenómenos meteorológicos extremos muito apurada, tanto nas ilhas como no Continente”, afirmou José Guerreiro ao DN.

De acordo com a mesma fonte, Portugal é responsável pela 6ª maior área mundial de vigilância aeronáutica, dividindo o Atlântico com os EUA.

“Portugal é, neste momento, responsável pela vigilância da 6ª maior área do mundo em matéria de meteorologia aeronáutica. É um facto desconhecido para muitos, mas, em função da localização da Madeira e dos Açores, Portugal divide o Atlântico ao meio com os Estados Unidos em termos de previsão meteorológica”, acrescenta,

Para isso, o IPMA contratou 49 trabalhadores após duas décadas sem reforços, sendo que oito foram colocados nos Açores.

Além da Proteção Civil, a agricultura beneficia do novo Boletim Agroclimático, com previsões de nove dias adaptadas a cada cultura. O sistema já ajudou na gestão dos incêndios de 2024 e será expandido para as áreas florestal e pecuária.

O IPMA alerta para o aumento da temperatura média máxima até 2050 e defende uma estratégia robusta de resiliência climática.

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