Desde que a vitória da Argentina no Mundial do Catar transformou Buenos Aires numa enorme festa pelas suas ruas, os tatuadores têm trabalhado arduamente para desenhar a imagem de Lionel Messi nos corpos dos fãs que querem prestar homenagem ao homem que veio desafiar a lenda - o outro deus do futebol do país - Diego Maradona.
Na Argentina, onde o futebol gera algo semelhante a um fervor religioso, milhões de homens e mulheres saíram às ruas na terça-feira para dar as boas-vindas à seleção nacional, enquanto a equipa percorria a capital de autocarro após o seu regresso do Catar.
Depois de uma noite de diversão, houve muitas pessoas a correr para os estúdios de tatuagem da cidade para pedir tatuagens de Messi, o craque da equipa que levou a Argentina à terceira vitória na Copa do Mundo.
“Eu sabia que muita gente queria tatuagens do Messi e da equipa, porque já tinham feito marcações comigo antes da final”, referiu o tatuador Sebastian Arguello Paz, que vestia a camisola do jogador nacional Emiliano Martinez. “Nunca imaginei que houvesse fila no estúdio no dia seguinte.”
No dia a seguir à vitória da Argentina a França nos penalties, numa final de roer as unhas, Arguello diz que o telefone do estúdio tocou sem parar com perguntas sobre as tatuagens de Messi, o Campeonato do Mundo e as bandeiras da Argentina.
“Eu tinha decidido não fazer mais tatuagens, mas quando vi o Messi a levantar a taça tive a certeza de que a imagem deste tipo merecia ser tatuada”, afirmou Ramiro Solis, de 44 anos.
No estúdio de Andres de Winter, Cristian Grillo fez uma tatuagem lateral no tórax de uma camisola de Messi com o número 10 a segurar o troféu do Campeonato do Mundo e três estrelas, afirmando que queria prestar homenagem ao jogador com algo “diferente, especial: tal como ele.”
De Winter está a preparar um desenho em grande escala de toda a “Scaloneta”, o nome pelo qual a equipa nacional, treinada por Lionel Scaloni, é conhecida.
“Quando o Messi disse ‘Para onde estás a olhar, totó?', eu soube que se ganhássemos faria essa tatuagem”, disse Maria Celia Compagno, de 68 anos, que tem agora a frase tatuada no seu antebraço.
A provocação feita pelo capitão, que é normalmente mais reservado, a um ponta de lança holandês após uns quartos-de-final intensos, foi, desde então, imortalizada em T-shirts, memes da Internet e em tatuagens.
