Presidente do SC Braga e ex-presidente do Vitória Sport Club também foram condenados
O ex-presidente da Turismo do Porto e Norte de Portugal foi condenado esta sexta-feira a uma pena de prisão efetiva de sete anos, depois de o tribunal ter dado como provado que cometeu 29 crimes na denominada Operação Éter.
Melchior Moreira foi o único dos 29 arguidos a receber uma condenação de prisão efetiva, sendo que outros 23 foram condenados a penas suspensas e cinco foram absolvidos.
O ex-responsável daquela associação foi considerado culpado de 20 crimes de participação económica em negócio, 6 falsificação de documentos, 1 crime de recebimento indevido de vantagem, 1 de peculato de uso e mais 1 de peculato.
Depois de vários adiamentos, o acórdão da Operação Éter acabou por ser conhecido, finalizando um julgamento sobre contratos ilícitos celebrados pela Turismo do Porto e Norte de Portugal.
Após vários adiamentos e um ano depois da última sessão, esta sexta-feira, foi lido o acórdão do processo da Operação Éter, relacionado com contratos ilícitos celebrados pela entidade de Turismo do Porto e Norte de Portugal.
Entre os outros condenados estão Manuela Sousa, que foi considerada culpada de 16 crimes de participação económica em negócio e 2 crimes de falsificação de documentos. Fica com uma pena suspensa de três anos e nove meses.
O tribunal aplicou ainda à grande maioria dos restantes 20 arguidos singulares, incluindo o presidente do SC de Braga António Salvador e o ex-presidente do Vitória Sport Club Júlio Magalhães - ambos condenados por falsificação de documentos - penas até cinco anos de prisão, todas suspensas na sua execução por igual período.
O presidente da Turismo do Porto e Norte de Portugal de 2009 a janeiro de 2019 é o principal arguido no processo, que se centra nos crimes alegadamente cometidos por Melchior Moreira através desta entidade, nomeadamente em ofertas públicas de emprego, nas relações com o futebol, em ajudas de custo/fundo maneio, em férias no Algarve e nos negócios com a empresária da área da comunicação e também arguida Manuela Couto.