SNS precisa de mais 14 mil profissionais para acabar com horas extra

4 jun, 07:52
Centro de Saúde de Corroios, Almada (Lusa/António Pedro Santos)

REVISTA DE IMPRENSA || Só os médicos representariam 6.133 contratos em tempo completo

O SNS teria de admitir mais de 14 mil profissionais para dispensar o trabalho complementar feito em 2022, revela um relatório do Centro de Planeamento e de Avaliação de Políticas Públicas citado pelo Público. Nesse ano, somaram-se 25,5 milhões de horas extra e de prestação de serviços, mais 38,9% do que em 2018.

Só os médicos representariam 6.133 contratos em tempo completo. No Alentejo, seria preciso aumentar em 58% o número de médicos para eliminar a dependência de trabalho fora do horário. Lisboa e Vale do Tejo foi a região com mais necessidade absoluta de profissionais, mas foi no Alentejo e no Algarve que se registou maior dependência.

Entre 2018 e 2022, as horas suplementares cresceram 51,2%, sendo que em 2022, dez instituições concentraram 43% dessas horas. O INEM foi o mais sobrecarregado: 428 horas extra por profissional.

Apesar do aumento do número de profissionais, o reforço não foi suficiente para responder à procura. O recurso contínuo a trabalho extra levanta dúvidas sobre a equidade e a qualidade do acesso aos cuidados.

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