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O que têm em comum Nixon e Trump? Os avisos de Bob Woodward, que desvendou o escândalo Watergate

21 nov 2022, 11:55

O antigo jornalista associado ao caso Watergate traça um paralelo entre o discurso dos antigos presidentes dos EUA Richard Nixon e Donald Trump

O jornalista Bob Woodward, um dos principais oradores na CNN Portugal Summit, relembrou esta segunda-feira o escândalo político conhecido como Watergate, em 1972, nos Estados Unidos, que contribuiu para revelar.

O jornalista norte-americano comparou o discurso de Nixon há 50 anos com os atuais discursos de Donald Trump. "Nunca se esqueçam que a comunicação social é o inimigo" foi uma das frases que ouviu, na altura, de Richard Nixon. E citou outra frase de Nixon: "Há um momento em que ele diz o seguinte: 'Lembrem-se sempre: há pessoas que vos podem odiar, mas aqueles que vos odeiam não ganham a não ser que vocês os odeiem - e dessa maneira vocês destroem-a vocês próprios'. Pensem nisto".

Recordando ainda um momento durante o auge da pandemia da pandemia da covid-19, Bob Woodward refere ter dito a Trump que a situação era “má, grave”, e que Donald Trump limitou-se a responder: “não não, nós temos tudo controlado".

Em conversa com o correspondente CNN Portugal, Luís Costa Ribas, Bob Woodward admitiu ter ficado surpreendido com a recandidatura de Donald Trump às presidências dos EUA. Caso o antigo presidente dos EUA volte à Casa Branca, Bob Woodward alertou que iremos assistir a uma “total lealdade de sangue” ("blood loyalty" em inglês).

Para o antigo jornalista, a lealdade para com líderes como Donald Trump “é o verdadeiro inimigo”. No entanto, Bob Woodward destacou que tanto democratas como republicanos, além dos “corruptos como o Nixon”, sabem que não detêm o monopólio da informação, pelo que “têm de saber ouvir os seus conselheiros”.

Dando como exemplo a pandemia de Covid-19, o antigo jornalista destacou que esta foi, por várias vezes, desvalorizada por Donald Trump, colocando desta forma em risco a vida de milhões de pessoas. “Trump estava a matar o próprio filho. Não era só o seu próprio país, o seu povo”.

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