Proteção Civil alerta para "agravamento" da situação metereológica e risco de inundações a partir desta madrugada

11 dez 2022, 12:14
Inundações em Lisboa, 7 de dezembro (foto: António Pedro Santos/Lusa)

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil vai aumentar, a partir da meia-noite, de amarelo para laranja o estado de alerta do dispositivo de socorro em cinco distritos do Norte

O comandante da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) alertou este domingo para um "agravamento" da situação metereológica,  com risco de inundações em várias regiões de todo o país a partir desta madrugada.

"A situação metereológica vai agravar a partir desta madrugada, [e vai prolongar-se] até dia 14", declarou o comandante José Fernandes aos jornalistas, na sede da ANEPC.

A Agência Portuguesa do Ambiente informou a Proteção Civil para "a possibilidade de existência de inundações e cheias" em várias regiões do país, nomeadamente em Caminha, Monção, Valença, Arcos de Valdevez, Ponte da Barca e Ponte de Lima, Braga, Barcelos e Santo Tirso.

As previsões apontam também que o rio Douro vai "aumentar substancialmente o seu caudal", o que, conjugado com o efeito de maré na foz, poderá provocar inundações na foz do Douro e no seu troço, nomeadamente em Peso da Régua ou no Pinhão. O mesmo deverá acontecer na bacia hidrográfica do Vouga.

A Área Metropolitana de Lisboa e a região do Algarve não ficam de fora dos avisos: "Existe a possibilidade de, nas zonas historicamente sensíveis a este tipo de precipitação, que pode ser pontualmente forte, nomeadamente na região Metropolitana de Lisboa e também na região do Algarve, mantemos ainda a atenção face à probabilidade de ocorrências de inundações em meio urbanos e também de cheias rápidas", salientou.

Assim, a Proteção Civil vai aumentar, a partir da meia-noite, de amarelo para laranja o estado de alerta do dispositivo de socorro nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga e Viana do Castelo.

Proteção Civil recomenda medidas preventivas e comportamentos adequados

O comandante da ANEPC reiterou o apelo à população e autoridades para que adotem comportamentos adequados face a este quadro metereológico, nomeadamente a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e a retirada de inertes ou de outros que possam ser arrastados, criando assim um obstáculo à livre circulação das águas.

A Proteção Civil pede ainda "especial cuidado" na circulação junto às zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a este tipo de fenómenos, nomeadamente na região norte. "Não estacionem em áreas que costumam inundar e preparem-se para o aumento do caudal previsto das linhas de água. Devem adotar uma condução defensiva e ter atenção aos lençóis de água nos pavimentos rodoviários", acrescentou,

Além disso, e atendendo ao agravamento da agitação marítima que, garante o comandante, "já se faz sentir e vai continuar a fazer-se sentir até, pelo menos, ao dia 14", a Proteção Civil apela à população para que não pratique atividades ao ar livre relacionadas com o mar.

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