A partir de 1 de março, serão levantadas as restrições ao limite do número de pessoas em locais e transportes públicos, será retirada a recomendação do teletrabalho e permitida a abertura normal de bares e casas noturnas
O primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, anunciou esta quarta-feira que a maioria das restrições impostas no país para o combate da pandemia de covid-19 serão levantadas a partir de março, apesar do aumento de infeções e mortes.
"Depois de consultar os médicos e comprovar o que está a ocorrer em outros países (…), podemos levantar as restrições que estão em vigor há muitos meses", disse Morawiecki numa conferência de imprensa conjunta com o ministro da Saúde, Adam Niedzielski.
"Só serão mantidas as medidas de segurança necessárias", adiantou o chefe do governo.
Assim, a partir de 1 de março, serão levantadas as restrições ao limite do número de pessoas em locais e transportes públicos, será retirada a recomendação do teletrabalho e permitida a abertura normal de bares e casas noturnas.
Além disso, o período obrigatório de quarentena para os contactos de pessoas infetadas será reduzido para sete dias em todos os casos.
A obrigatoriedade do uso de máscara só será mantida em locais públicos fechados ou meios de transporte partilhados com pessoas que não façam parte do núcleo familiar.
Desde a passada segunda-feira, todos os estabelecimentos de educação do país foram autorizados a retomar as aulas presenciais, após vários períodos em que o ensino à distância ocorreu de forma intermitente.
Nas últimas 24 horas, registaram-se 20.456 novas infeções do SARS-CoV-2 no país e foram contabilizadas 360 mortes devido à covid-19, números superiores aos registados nos dias anteriores.
O ministro Niedzielski declarou que se trata, apesar de tudo, de uma "estabilização” da situação pandémica.
Desde o início da pandemia, cerca de 110 mil morreram no país e mais de 5,5 milhões de pessoas foram infetadas pelo novo coronavírus.
Segundo dados do Eurostat, o excesso de mortalidade na Polónia foi de 69% em 2021, três vezes superior à média dos Estados-Membros da União Europeia (UE).