REVISTA DE IMPRENSA || Em causa a venda de duas quintas na Mata de Sesimbra
O Novo Banco enfrenta uma nova ação judicial, desta vez por alegada simulação de negócio na venda de duas quintas na Mata de Sesimbra. Segundo o jornal Público, a queixa, entregue na semana passada no Tribunal da Comarca de Setúbal, foi movida por João Espírito Santo Brito e Cunha, descendente da família Espírito Santo, e contesta a venda de terrenos por 8,7 milhões de euros a investidores ligados ao Grupo Arié.
João Espírito Santo Brito e Cunha é proprietário da Herdade da Jardia, de 34 hectares, localizada na zona sul da Mata de Sesimbra.
Em causa está um processo com várias fases iniciado em 2020, envolvendo mais de 750 hectares pertencentes à gestora de ativos do banco, a GNB. A operação foi conduzida por Volkert Reig Schmidt, gestor espanhol com ligações ao fundo Lone Star e responsável pela gestão do portefólio imobiliário do Novo Banco, avaliado em quatro mil milhões de euros.
A venda das quintas do Vale Bom e da Mó é o capítulo mais recente de uma série de transações sob suspeita. Uma das herdades envolvidas, a da Ferraria, foi vendida em 2022 a um grupo próximo de Schmidt por 1,5 milhões de euros, apesar de ter potencial construtivo superior a 50 mil metros quadrados. Dois anos depois, essa mesma propriedade foi passada para Ana Argos, mulher de Schmidt - facto que já foi denunciado à CMVM.