Apesar disto, refere a antiga governante, as crianças “não tiveram o acesso facilitado”, mas sim “o que tiveram de ter”
A ex-ministra da Saúde Marta Temido afirmou esta sexta-feira, na comissão parlamentar de inquérito ao caso das gémeas, que o circuito feito pelo processo “não foi o normal”.
Temido salientou, no entanto, que esta prática é “comum” no Ministério dado o elevado número de encaminhamentos de processos solicitado.
Apesar disto, refere a antiga governante, as crianças “não tiveram o acesso facilitado”, mas sim “o que tiveram de ter”.
Temido diz também que a responsabilidade pelo ato médico foi da médica que tratou as gémeas.
"O clínico que tratou do caso foi, na minha perspetiva, o responsável pelo tratamento e pelo seu encaminhamento, mesmo que tenha havido uma ação da parte do gabinete da Secretaria de Estado", disse a ex-responsável pela pasta da Saúde.
Mais tarde, a ministra clarificou que se trata apenas da responsabilidade clínica pelo caso, e não da responsabilidade política.
"A responsabilidade política de quem possa ter indevidamente solicitado (a consulta) será de quem a solicitou. Alegadamente, o secretário de Estado (Lacerda Sales)”, afirmou Temido.
A ex-ministra referiu ainda que tem responsabilidade política pelo caso e que “talvez” pudesse ter “modificado o rumo dos acontecimentos” se tivesse sabido do mesmo.