Vasco Seabra: «Não vivo agarrado a absolutamente nada»

Raul Caires , Estádio da Madeira, Funchal
27 ago 2022, 18:53
Marítimo-Portimonense

Treinador do Marítimo após a quarta derrota em quatro jogos na Liga

Vasco Seabra, treinador do Marítimo, em declarações aos jornalistas após a derrota com o Portimonense por 1-0:

[O Marítimo merecia este resultado merecido?]

«(Suspiro)... Falar de justiça ou injustiça é muito difícil no futebol. Vocês sabem disso tão bem quanto eu… Há 15 dias, eu estava aqui dizer aquilo que me ia na alma, e que era o meu sentimento também, e senti que de facto não tínhamos sido proativos, não tínhamos procurado inverter aquilo que nos tinha acontecido mesmo depois de ter estado a ganhar [contra o Desportivo de Chaves].

No dia de hoje, é daquelas derrotas que custam mesmo muito. Primeiro pela atitude dos jogadores, pela forma como se entregaram às coisas. Hoje não ganhamos, mas a equipa lutou muito para o conseguir. 

Penso que concedemos muito pouco ao adversário, tirando os últimos cinco minutos, em que estávamos completamente balanceados. Tirando isso, acho que concedemos mesmo muito pouco. Ficamos praticamente 20 remates à baliza. A equipa procurou jogar para a frente, com alguma ansiedade, é um facto, e nem sempre bem jogado porque o relvado não está fácil quando a gente precisa de acelerar o jogo, com drible, saída, como é o perfil dos nossos jogadores.»

[Há algum problema com o relvado?]

«Não sou um especialista em relvados. Agora, é problemático, pois nós não conseguimos travar. Os nossos jogadores querem acelerar, querem travar - e não estou com isto arranjar desculpas pela derrota - e é uma evidência que o relvado levanta com muita facilidade e até nos remates o pé de apoio não consegue aguentar na relva e isso dificulta os remates enquadrados ou com força.»

[Contestação dos adeptos e lugar em risco…]

«Serei sempre a solução para o Marítimo e para onde estou. Não vivo agarrado a absolutamente nada, só à dedicação ao meu trabalho e por isso sinto-me tranquilo comigo mesmo. A contestação é uma coisa natural, pois tenho a certeza que se ganharmos três jogos seguidos, chegamos aqui e somos aplaudidos.»

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