Marinha diz que nova falha no NRP Mondego deveu-se a "baixos níveis de combustível"

CNN Portugal , HMC
3 abr 2023, 19:01
NRP Mondego (D.R. Marinha)

Marinha vai investigar a falha na resposta ao mecanismo de alerta de nível baixo de combustível

A Marinha voltou a reagir à paragem súbita do NRP Mondego na ilha das Flores, sublinhando que em nenhum momento foi colocada em causa a segurança da embarcação e que tudo se deveu a falta de combustível.

O navio NRP Mondego já falhou duas missões. Da primeira vez, a Marinha disse que não estavam em causa as capacidades técnicas do mesmo, atribuindo as culpas do não acompanhamento de um navio russo na Madeira à insubordinação de 13 elementos da sua guarnição e, agora depois de falhar uma missão de rendição nas Flores na semana passada, a Marinha volta a descartar que tenham existido problemas de natureza operacional. “A causa da paragem súbita resultou de baixos níveis de combustível no tanque de serviço que alimenta os respetivos motores e geradores”, afirmou em comunicado.

Neste momento, continua o comunicado, o navio encontra-se “operacional” e, após a reposição de combustível no tanque de serviço, “os dois geradores e os dois propulsores arrancaram sem problemas”.

A Marinha informa também que o NRP Mondego já “está recuperado” e já navegou esta segunda-feira. Ainda assim, a Armada está a averiguar quais foram as razões para que o navio tenha ficado sem combustível durante a missão. “Estão em curso averiguações para apurar o que falhou na resposta ao mecanismo de alerta de nível baixo de combustível no tanque de serviço e reposição deste por trasfega de um dos nove tanques de reserva existentes a bordo”, continua o comunicado.

O tempo que mediou a reposição do navio ao serviço deveu-se à necessidade de recolher evidências sobre as causas do incidente e registar o estado da plataforma. "Este processo envolveu, desde logo, a necessidade de testar a qualidade de combustível de todos os tanques a fim de excluir a paragem destes por motivos de degradação do mesmo, o que levou o navio a estar inativo, sem geradores elétricos, dois dias. Neste período o Mondego foi apoiado pelo NRP Setúbal atracado no mesmo cais", afirma a Marinha.

A paragem do Navio Mondego ocorreu após 13 militares, no passado dia 11 de março, se terem recusaram embarcar no Navio, alegando falta de condições de segurança.

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