Marinha "lamenta profundamente" morte de polícia agredido no exterior de discoteca

21 mar 2022, 14:51
Fábio Guerra, o jovem polícia de 26 anos que morreu após ser espancado por fuzileiros em Lisboa

Dois dos três suspeitos das brutais agressões a quatro polícias à porta da discoteca MOME, em Lisboa, que resultaram na morte de Fábio Guerra, são fuzileiros que se preparavam para partir numa missão das Nações Unidas

A Marinha Portuguesa lamentou a morte do agente da Polícia de Segurança Pública Fábio Guerra e mostra-se disponível para "colaborar com as autoridades policiais", com vista ao "apuramento de todos os factos" que levaram à morte do jovem que morreu esta segunda-feira, na sequência de agressões à porta de uma discoteca em Lisboa. 

Num comunicado enviado à redação da CNN Portugal, a Marinha Portugal "lamenta profundamente o falecimento do Agente da Polícia de Segurança Pública, Fábio Guerra" e apresenta "à família, à Polícia de Segurança Pública e amigos do Agente, as mais sinceras e sentidas condolências". 

Recorde-se que dois dos três suspeitos das brutais agressões a quatro polícias à porta da discoteca MOME, em Lisboa, que resultaram na morte de Fábio Guerra, já foram apanhados e estão retidos em instalações da Marinha, apurou a CNN Portugal/TVI, enquanto não são formalmente detidos pela Polícia Judiciária. 

São fuzileiros que se preparavam para partir numa missão das Nações Unidas no estrangeiro nos próximos dias. As detenções deverão ser formalizadas nas próximas horas, por ordem do Ministério Público, e os suspeitos serão presentes a um juiz de instrução entre segunda e terça-feira, provavelmente indiciados por crimes de homicídio na forma tentada.

A PSP informou que o agente morreu esta manhã e que “continuam em curso todas as diligências, em coordenação com a Polícia Judiciária, visando a identificação e detenção de todos os autores das agressões, que resultaram na morte” do agente.

Numa nota divulgada no sábado, a PSP referia que o incidente ocorreu na madrugada desse dia, pelas 06:30, "no exterior de um estabelecimento de diversão noturna, na Avenida 24 de Julho", tendo começado com agressões mútuas entre vários cidadãos.

Segundo relatou a PSP, no local encontravam-se “quatro polícias, fora de serviço, que imediatamente intervieram, como era sua obrigação legal”, acabando por ser agredidos violentamente por um dos grupos, formado por cerca de 10 pessoas. Os outros três agentes agredidos tiveram alta hospitalar este domingo.

Entretanto, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e a ministra da Administração Interna, Francisca Van Dunem, já manifestaram a sua consternação pelo sucedido e enviaram condolências à família do agente, em notas de pesar.

A Marinha também apresentou à família, à PSP e amigos do agente, “as mais sinceras e sentidas condolências", conclui a nota de pesar desta instituição.

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