Últimas sondagens dão Macron com mais de 10% de vantagem face a Le Pen

Agência Lusa , BCE
22 abr 2022, 21:53

A abstenção pode aumentar nesta segunda volta, com os gabinetes de sondagens a preverem que ela exceda o recorde já batido na segunda volta de 2017 de 25,44%

As últimas sondagens antes das eleições presidenciais de França no domingo, reveladas esta sexta-feira, mostram que Emmanuel Macron tem entre 10% e 15% de vantagem na intenção de voto face a Marine Le Pen, candidata da extrema-direita.

A sondagem com maior distância entre o atual presidente e Le Pen é o estudo elaborado pelo gabinete Ipsos-Sopra Steria para a rádio Franceinfo e para o jornal "Le Parisien", com Emmanuel Macron a chegar a 57% da intenção de voto e Marine Le Pen a ter 43%.

Esta é a maior margem desta segunda volta e acontece dois dias depois do debate entre os candidatos, onde Macron dominou as três horas de frente a frente, na avaliação da generalidade da imprensa, e Le Pen mostrou algumas hesitações, contenção e pequenos erros.

Já a sondagem do gabinete Elabe para a televisão BFMTV e para a revista "L'express" divulgada esta tarde dá a Emmanuel Macron 55,5% das intenções de voto dos inquiridos, enquanto que Le Pen se fica por 44,5%.

Numa outra sondagem, do gabinete Ifop-Fiducial para a televisão LCI, a rádio Sud Radio e a revista "Paris Match", o Presidente reúne 55% da preferência dos inquiridos e a líder da extrema-direita 45%.

Segundo a sondagem Ipsos-Sopra Steria, haverá ainda cerca de 11% do eleitorado francês que não decidiu em quem vai votar e prevê-se um aumento no voto branco e nulo, com muitos eleitores dos candidatos que foram eliminados na primeira volta, como o líder da extrema-esquerda, Jean-Luc Mélenchon, a optarem votar branco.

A abstenção pode aumentar nesta segunda volta, com os gabinetes de sondagens a preverem que ela exceda o recorde já batido na segunda volta de 2017 de 25,44%, e a Elabe a situar a abstenção entre 28% e 32%. Esta sexta-feira começam em França as férias escolares da primavera em duas zonas do país, levando muitos franceses a partir para o estrangeiro.

Em caso de ausência do país ou impedimento para votar no dia 24 de abril, muitos franceses votam por procuração, cedendo o seu direito de voto a uma pessoa da sua escolha. Na primeira volta, 1,5 milhões de franceses escolheram este método e durante o dia foram constatadas filas em várias esquadras da polícia para validar esta transmissão de voto.

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