Portugal "é euforia"? É. Portugal "é drama"? É. Portugal "é tragédia"? É. Portugal é 2017? "Nunca mais", disse Marcelo

10 jun 2024, 12:37

Cerimónias do 10 de Junho, que é dia de Portugal e das comunidades e de Luís de Camões e dia do futuro, segundo o Presidente, decorreram em Pedrógão Grande

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa diz que "Portugal não é só euforias nem só tragédias. É tudo isso". Num discurso focado na homenagem às vítimas dos incêndios de 2017, Marcelo Rebelo de Sousa lembrou um “Portugal uno e diverso”, que “não é só mar”, nem “só interiores mais ou menos profundos”, nem “só metrópoles ou aldeias”.

“Portugal não é só história, cultura e ciência do povo anónimo que por cá e lá fora leva longe o nosso nome. (…) Portugal não é só das euforias, nem só dos dramas, das tragédias. Portugal é tudo isso”, diz o Presidente.

Marcelo Rebelo de Sousa pediu “que este 10 de Junho sirva para dizer que tragédias como a de 2017 nunca mais". O Presidente considerou que os concelhos afetados pelos incêndios de 2017 estão “renascidos ou a querer renascer”. Marcelo evoca com “respeito” e “saudade” as vítimas da tragédia, numa cerimónia que “evoca o passado mas quer lançar o futuro. A reconstrução. Novos habitantes, nacionais e estrangeiros”.

“Desengane-se quem olha para nós e acha que desistimos ao primeiro contratempo”, vinca.

“As raízes são antigas e fortes. A têmpera ainda mais forte, que o digam os nossos soldados, ex-combatentes, tantos aqui presentes, garante da nossa liberdade e da nossa soberania. Acertámos e falhámos e assumimo-nos como somos, sem complexo”, acrescenta.

Marcelo pede um “futuro mais igual e menos discriminatório para todos os portugueses” e lembra que, por mais difícil que seja o momento, deve haver sempre “lugar para o sonho”.

Num discurso "branco" do ponto de vista político (como analisou a comentadora da CNN Portugal Margarida Davim), e num dia que sucede às eleições europeias em que o Partido Socialista saiu vencedor por curta margem, Marcelo Rebelo de Sousa elogiou os portugueses, “sempre melhores do que muitos outros gostam de pensar".

Não deixou de lembrar que também se assinalam este ano os 500 anos do nascimento de Camões, cujo dia também se comemora esta segunda-feira, e terminou o discurso a dizer que “nós orgulhosamente vivemos quase 900 anos de passado sempre feito futuro”.

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