Presidente da República quer que o processo de reestruturação chegue ao fim "se possível rapidamente, mas demorando o tempo que é necessário"
O Presidente da República defendeu esta sexta-feira cuma "solução definitiva" para a TAP que ponha fim à entrada de “milhões [de euros] dos portugueses" na companhia.
“Essa solução definitiva significa, para o futuro, não estarmos a investir permanentemente quantos milhões mais de dinheiro dos portugueses para entrar na TAP”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas à margem da 44.ª edição da Feira do Queijo de Celorico da Beira.
O chefe de Estado manifestou o desejo de que “o processo de reestruturação chegue ao fim e que isso signifique, como o Governo já anunciou, haver uma solução definitiva para a TAP”.
Marcelo apontou as "investigações judiciais em curso" e as "comissões parlamentares de inquérito" sobre a companhia aérea portuguesa para considerar que, a este respeito, "há, neste momento, na cabeça dos portugueses duas ideias”.
A primeira ideia é: “o que tiver de se apurar, apure-se de uma só vez, se possível rapidamente, mas demorando o tempo que é necessário”.
“Apure-se a nível de tribunal, se é caso de tribunal, apure-se a nível de parlamento, se é caso de parlamento, se é mais político que de Direito”, disse, numa alusão à investigação do Ministério Público à privatização concretizada no mandato do Governo liderado por Pedro Passos Coelho.
A segunda ideia é a de se encontrar a "solução definitiva" que ponha fim aos milhões de euros que têm sido injetados na TAP.
A TAP deverá ser "em breve" alvo de um processo de privatização, segundo anunciou o ministro das Finanças.
Na quarta-feira, o jornal ECO noticiou que quatro dias depois de o consórcio de David Neeleman e Humberto Pedrosa, a Atlantic Gateway, ter adquirido 61% do capital da TAP em 12 de junho de 2015, a sociedade DGN, liderada por Neeleman, selou um memorando de entendimento com a Airbus.