Marcelo diz que se não fosse a pandemia não se teria candidatado a um segundo mandato. E acredita que Costa vai ficar no Governo até 2026

15 jul 2022, 09:00
Marcelo Rebelo de Sousa (António Cotrim/ LUSA)

Presidente da República deixou claro que se não fosse a pandemia não teria tomado essa decisão, até porque diz acreditar que "a renovação é uma característica da democracia"

Marcelo Rebelo de Sousa admite que, se não fosse a pandemia, não se teria candidatado a um segundo mandato enquanto Presidente da República e diz acreditar que António Costa vai cumprir o mandato até 2026, tal como prometeu ao país no discurso da tomada de posse, em março deste ano.

Em conversa com Francisco Pinto Balsemão, num podcast do Expresso, Marcelo foi questionado sobre o porquê de se ter candidatado a um segundo mandato no ano passado, ao que respondeu de imediato: "Pandemia:"

O Presidente da República deixou bem claro que se não fosse a pandemia não teria tomado essa decisão, até porque diz acreditar que "a renovação é uma característica da democracia". Além disso, acrescenta, o primeiro mandato ficou marcado por "cinco anos brutais", começando com as tragédias dos incêndios em 2017, seguindo-se "o período de "movimentos inorgânicos e de populismos de 2018 em diante", até à pandemia de covid-19, pelo que foi um mandato desgastante.

"Entendi que, de facto, deveria dar o lugar a outra pessoa", resume. Agora no segundo mandato, Marcelo Rebelo de Sousa diz estar com uma agenda "mais sobrecarregada", não só pelas consequências da pandemia, como pela guerra na Ucrânia. 

Foi neste contexto da guerra na Ucrânia que surgiu a questão em torno da continuidade de António Costa como primeiro-ministro até ao final do mandato, ao que Marcelo respondeu: "No discurso de posse, [António Costa] foi muito claro quando disse que estava para cumprir o mandato e eu, que o conheço desde os 19 anos, acho que o que ele disse é para levar a sério."

Questionado sobre o que tenciona fazer quando deixar de ser Presidente da República, Marcelo não quis adiantar muito, dizendo apenas que já tem isso "mais ou menos pensado".

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