Marcelo defende que Costa no Conselho Europeu é "uma vantagem para a Europa"

11 jun 2024, 20:44

Questionado sobre a Comissão de Inquérito Parlamentar, o Presidente da República diz que só depois de novas informações se vai pronunciar sobre o caso das gémeas

O Presidente da República considerou esta terça-feira que António Costa seria uma boa opção para liderar o Conselho Europeu e elogiou Luís Montenegro por ter esperado pelo resultado das eleições para se pronunciar e dar apoio a uma potencial candidatura do antigo primeiro-ministro.

"O resultado das eleições parece abrir caminho dessa hipótese e depende agora apenas da vontade de António Costa. Se for assim, é uma vantagem para a Europa", disse aos jornalistas Marcelo Rebelo de Sousa, em Zurique, onde se encontra a propósito das celebrações do 10 de Junho.

Marcelo Rebelo de Sousa elogiou os "nove anos de experiência" de António Costa na Europa, onde conviveu e construiu relações com alguns dos principais líderes europeus. "Ele conhece muito bem a Europa, move-se bem na Europa, dá-se bem com os potenciais líderes europeus. Por outro lado, é uma voz portuguesa. Portanto, é importante para a Europa e para Portugal", destacou.

Sobre o anuncio de Luís Montenegro, que disse que apoiará uma possível candidatura de António Costa ao Conselho Europeu, o Presidente da República considera que o primeiro-ministro fez bem em esperar pelo resultado das eleições europeias e em "clarificar" de imediato a posição do executivo, sublinhando que é "natural" o governo apoiar um português.

Marcelo desvalorizou ainda a subida da extrema-direita na Europa, sublinhando que os cidadãos europeus acabaram por votar nos três maiores grupos políticos do Parlamento Europeu. Para o Presidente da República, este resultado demonstra que há um voto na continuidade "mas com mudanças".

"Em periodo de guerra, de crise economica e social, mais valia o essencial e manter a linha política europeia, pedindo mudanças, como se viu em vários países no sentido da recuperação económica, da Justiça Social, mas não mudanças em relação à posição da europa e no mundo", destacou.

Questionado sobre a Comissão de Inquérito Parlamentar, o Presidente da República diz que só depois desta se pronunciar é que tomará uma posição. 

"A minha posição é esperar por aquilo que são as iniciativas do parlamento e da CPI e tomar uma posição em função dela. Ponderarei, depois de haver uma iniciativa que justifique essa ponderação", insiste.

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