O Presidente da República salienta a "falta de especialistas" nos serviços de obstetrícia e ginecologia e o "problema conjuntural" associado às férias e feriados.
O Presidente da República assinalou esta quarta-feira que "há muitas causas" para a crise que se vive nas urgências de obstetrícia e ginecologia, desde logo a "falta de especialistas", por uma lado, e o problema das escalas no verão, por outro.
Em declarações aos jornalistas, à entrada para o Teatro Politeama, Marcelo respondeu a questões sobre o encerramento de vários serviços de urgências de obstetrícia e ginecologia nos últimos dias, começando por salientar que este é um problema "estrutural", e que, por ser isso mesmo, "precisa de mexidas estruturais".
"Há muitas causas [para este problema]. Há falta de especialistas, tem de se pensar duas vezes na definição do número de especialistas", disse Marcelo, quando questionado sobre se este é o resultado de falta de planeamento por parte do Governo.
Além desta questão estrutural, o Presidente da República salientou o "problema conjuntural" associado aos "dois fins de semana longos", devido aos feriados deste mês de junho, bem como o período de férias de verão
"Aquilo que eu espero, depois de ter ouvido a senhora ministra da Saúde, é que haja uma preparação e uma prevenção relativamente ao que possa acontecer a partir dos meses de julho até ao final do verão", afirmou.
Interpelado ainda sobre a entrevista de António Costa ao Financial Times, na qual o primeiro-ministro afirmou que União Europeia arrisca-se a criar "falsas expectativas" com a candidatura da Ucrânia, Marcelo Rebelo de Sousa disse esperar que o bloco europeu "dê um sinal claro de apoio à Ucrânia, naturalmente não criando ilusões".
"O difícil aqui é encontrar uma solução que não divida a União Europeia", frisou, por fim.
