PSD concorda com Marcelo na necessidade de “virar de página” e quer ser protagonista

Agência Lusa , RL
1 jan 2022, 21:48
Opositores devem "saber interpretar" o "momento" no PSD

Partido reiterou quer vencer as eleições legislativas de dia 30 para ser protagonista dos “novos momentos que o país precisa”

O PSD concordou este sábado com o Presidente da República, que disse que Portugal precisa de “virar de página”, e referiu que quer vencer as eleições legislativas de dia 30 para ser protagonista dos “novos momentos que o país precisa”.

Numa reação a partir de Guimarães, André Coelho Lima, vice-presidente do PSD, considerou que a mensagem de Ano Novo de Marcelo Rebelo de Sousa fica marcada pela “expressão a que os portugueses estão mais habituados” na viragem do ano: “Ano novo, vida nova”.

O dirigente afirmou que a mensagem do chefe de Estado “assentou muito na pandemia, assentou muito na paragem económica, assentou muito na crise social, assentou muito também em algo que é muito importante para o PSD, na descompensação das pessoas, ou seja, os efeitos indiretos ou laterais da pandemia”.

Mas “sobretudo assentou a sua mensagem na esperança, naquilo que a viragem deste novo ano e na proximidade que temos de um ato eleitoral, das eleições legislativas, o que significa também para haver um virar de página a que se referiu o senhor Presidente da República”, disse.

“É obviamente com sentido de dever e com muita proximidade das palavras do senhor Presidente da República que nos associamos à necessidade do virar de página do nosso país”, afirmou, salientando que o PSD “se apresenta naturalmente com toda a humildade a estas eleições com o objetivo de as vencer”, para “protagonizar esse virar de página, para protagonizar essa ambição, esses novos momentos que o país precisa”.

“Aquilo que foi aliás dito, que é, nós podemos fazer muito e muito mais, é exatamente isso que nos mobiliza e é essa dimensão de esperança e de ambição da mensagem do senhor Presidente da República que também tem o PSD, com a qual se apresenta nas próximas eleições”, acrescentou o vice-presidente.

Em declarações aos jornalistas na sede dos sociais-democratas em Guimarães, para assinalar “que o PSD não reage só de Lisboa ou só do Porto”, o dirigente referiu também que para o PSD é “muitíssimo importante” cuidar “das pessoas mais sacrificadas pela pandemia”, sobretudo os idosos com pensões baixas.

André Coelho Lima considerou que “numa altura destas, numa altura de novo ano, numa altura de reinventar e numa altura de virar a página”, estes portugueses devem “ser também o centro das preocupações”.

O Presidente da República apelou hoje a que a próxima Assembleia da República “dê voz ao pluralismo de opiniões e de soluções” e que o Governo garanta “previsibilidade para as pessoas e para os seus projetos de vida”. 

Na mensagem tradicional de Ano Novo, proferida no Palácio de Belém, Marcelo Rebelo de Sousa abordou as eleições legislativas de 30 de janeiro para defender que os portugueses terão de “decidir a Assembleia da República e o Governo para os próximos quatro anos, uma Assembleia da República e um Governo com legitimidade renovada”. 

“Uma Assembleia da República que dê voz ao pluralismo de opiniões e soluções, um Governo que possa refazer, também ele, esperanças e confianças perdidas ou enfraquecidas, e garantir previsibilidade para as pessoas e para os seus projetos de vida”, afirmou. 

No seu quinto discurso de Ano Novo desde que tomou posse como Presidente da República, em 2016, Marcelo Rebelo de Sousa falou sobretudo da atual situação pandémica, afirmando que é preciso o país “virar a página”.

“O ano que findou prometia ser um fim e um recomeço, mas não foi. Esboçou esse recomeço, tarde e timidamente. O ano que hoje iniciamos tem de virar a página, consolidando, decidindo, reinventando, reaproximando. Retomemos a caminhada juntos”, apelou.

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