Marcelo anuncia que vai visitar os hospitais que estão a passar mal ("desde que isso não os prejudique")

7 dez 2022, 19:57
Marcelo Rebelo de Sousa em Londres, para o funeral da rainha (Lusa/Nuno Veiga)

Tempos de espera são enormes em algumas unidades hospitalares, cujas urgências estão sob grande pressão

O Presidente da República está preocupado com o estado das urgências hospitalres de norte a sul do país, principalmente com a agravante de existirem "três surtos ao mesmo tempo". Marcelo Rebelo de Sousa diz ainda que tenciona ir visitar alguns hospitais para ver "a evolução dos acontecimentos".

"Neste período vive-se sempre, todos os anos, um tempo muito difícil que é a aproximação do inverno e este ano com três, chamemos-lhes assim, surtos ao mesmo tempo: a gripe clássica, um novo tipo de vírus e o vírus covid-19. Com a pressão que existe sobre as urgências dos hospitais de todo o país, mas em particular nas unidades hospitalares que têm mais dificuldade de resposta, eu tenho acompanhado isso e tenciono nos próximos dias ou nas próximas semanas ir ver nos locais, desde que isso não prejudique os serviços de saúde, a evolução dos acontecimentos", afirmou. 

O chefe de Estado voltou a reforçar a sua preocupação com vírus respiratórios que estão a circular - que, por um lado, afetam mais as crianças e, por outro, os mais idosos - e que obrigam a "uma capacidade reforçada de resposta". No entanto, compreende "que seja uma situação complicada" de gerir. "E difícil significa tempo de espera ou significa dificuldades em espaço para acolher e para responder às necessidades."

O Hospital de Santa Maria, em Lisboa, tem sido um dos mais fustigado. No passado fim de semana, só no sábado, esta unidade hospitalar atendeu 460 doentes urgentes. O tempo de espera para os doentes de pulseira amarela chegou às oito horas.

O Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, pediu esta quarta-feira o reencaminhamento de doentes não críticos para outras unidades, tendo o tempo de espera dos doentes considerados urgentes ultrapassado as 16 horas.

Na última semana, o Hospital Amadora-Sintra registou uma média diária de 738 episódios de urgência, com 56% das situações consideradas pouco urgentes ou não urgentes nos serviços pediátrico e geral. No dia 29 de novembro, chefes e subchefes das equipas do Serviço de Urgência do hospital apresentaram a demissão, por considerarem estar em causa a qualidade assistencial e a segurança dos utentes.

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