Marcelo Rebelo de Sousa afirma que “nunca houve nenhuma zanga pessoal” com António Costa

Agência Lusa , PP
26 mar 2023, 20:28
Marcelo Rebelo de Sousa (Foto: Bienvenido Velasco/EPA)

Presidente da República rejeita ainda atropelos dos poderes constitucionais do primeiro-ministro

O Presidente da República afirmou hoje que “nunca houve nenhuma zanga pessoal” com o primeiro-ministro e descartou que tenha atropelado os poderes constitucionais do Governo.

“Eu acho que nunca houve nenhuma zanga pessoal. Sabem que, muitas vezes, quem observa a realidade política, observa a espuma dos dias e a superfície das coisas, não percebe que o papel de cada um de nós é diferente”, argumentou Marcelo Rebelo de Sousa em declarações aos jornalistas no final de um encontro com a comunidade portuguesa no Luxemburgo.

O Presidente da República também descartou que tenha atropelado os poderes constitucionais do primeiro-ministro com os comentários que fez recentemente: “Nem vice-versa, também não tenho pensado que a Assembleia [da República], o Governo ou o primeiro-ministro tenham atropelado os poderes de outros órgãos de soberania, ou que qualquer um de nós tenha atropelado os poderes dos tribunais.”

Contudo, “é evidente que há divergências” que “são naturais”, mas “não têm nada que ver com problemas pessoais”, assegurou Marcelo Rebelo de Sousa.

Durante a apelo à inscrição dos portugueses a viver no Luxemburgo para as eleições locais, o chefe de Estado português fez uma apreciação, em tom jocoso, sobre o futuro político de António Costa: “Eu não recebo mais nenhuns votos na Terra, vamos ver se recebo alguns no Céu. O senhor primeiro-ministro nunca se sabe.”

Questionado sobre estas declarações, Marcelo Rebelo de Sousa lembrou que António Costa “é muito mais jovem, tem menos 13 anos” do que o Presidente da República.

“Eu sei lá o que é que o primeiro-ministro, que é tão jovem, tem de futuro político. Eu é que tenho a idade que tenho e estou a três anos do fim do meu segundo mandato, portanto, aquilo que tinha a fazer, nomeadamente concorrer a eleições, está feito”, completou.

Sobre o pacote de apoio às famílias, apresentado na última semana, o Presidente da República considerou que surge “num momento em que se sabia que há dinheiro para isso – o défice, de facto, permite isso – e, por outro lado, também em que há noção de que a inflação não está a descer e que os portugueses e as famílias estão a sofrer”.

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