Marcelo quer que portugueses compreendam necessidade de dar mais meios às Forças Armadas

Agência Lusa
25 abr 2022, 22:02

No dia em que se celebra 48 anos desde o 25 de Abril, Marcelo Rebelo de Sousa, em Madrid, reiterou que a carreira das Forças Armadas não pode ser uma escolha em que "as pessoas chegam à conclusão de que não têm futuro".

O Presidente da República insistiu esta segunda-feira em Madrid na necessidade dos portugueses “entenderem” a importância de dar mais meios às Forças Armadas para que depois o poder político possa tomar decisões nesse sentido.

“Eu acho que é fundamental haver este consenso e ele depois ser projetado […]”, porque “se os portugueses entenderem isto […] é mais fácil para quem tem de decidir sentir por trás que há um povo que diz: compreendemos isso”, disse Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas à margem da cerimónia de entrega de uma parte do legado de José Saramago.

Depois da vacinação que ajudou a salvar a vida de pessoas e do aumento dos preços agora por causa da guerra, “de repente as pessoas pensam duas vezes e dizem: Com a lição da pandemia, com as lições da guerra, faz sentido ver com outros olhos o papel das Forças Armadas”, concluiu o chefe de Estado.

O Presidente da República tinha pedido no seu discurso do 25 de Abril "mais meios imprescindíveis" para as Forças Armadas e "um consenso nacional continuado e efetivo" para fortalecer este "pilar crucial".

Por que razão neste 25 de Abril falo das nossas Forças Armadas na democracia que temos de recriar jornada após jornada? Porque sem as Forças Armadas, e Forças Armadas fortes unidas e motivadas, a nossa paz, a nossa segurança, a nossa liberdade, a nossa democracia, sonhos de 25 de Abril, ficarão mais fracas", afirmou o chefe de Estado perante a Assembleia da República.

"Porque reconhecer como são importantes as Forças Armadas na nossa vida como pátria exige mais do que recordarmos por palavras essa sua importância. Porque se queremos Forças Armadas fortes, unidas, motivadas temos de querer que tenham condições para serem ainda mais fortes, unidas e motivadas", acrescentou.

O Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas pediu que se atue agora, advertindo: "Se não quisermos criar essas condições, não nos poderemos queixar de um dia descubramos que estamos a exigir missões difíceis de cumprir por falta de recursos, porque, se o não fizermos a tempo, outros o exigirão por nós, e depois não nos queixemos de frustrações, desilusões, contestações ou afastamentos".

Política

Mais Política

Mais Lidas

Patrocinados