Ronaldo e o United: «Se prova que estava certo ou errado, não é problema meu»

12 set, 09:40
Cristiano Ronaldo foi titular, mas o United perdeu com o Aston Villa

Avançado português do Al Nassr recordou a saída dos «red devils» em janeiro de 2023

Em mais um trecho da conversa com Rio Ferdinand, Cristiano Ronaldo voltou a abordar a forma como saiu do Manchester United, em janeiro de 2023, para o Al Nassr.

Na altura, o internacional português deixou duras críticas à forma como o clube era gerido, assim como ao treinador Erik ten Hag, ainda no cargo.

«Se prova que estava certo ou errado, não é problema meu. Disse o que tinha a dizer. Para mim está feito. O que desejo para o Manchester United é o que desejo para mim. O melhor que consigam fazer. Adoro aquele clube. Não sou o tipo de pessoa que esquece o passado», afirmou.

«Estava muito feliz quando voltei para o clube. Era um dos melhores marcadores, fiz coisas incríveis. Na minha primeira época, por exemplo, fui o terceiro melhor marcador da Premier League com 37 anos. Fiz golo em todos os jogos da fase de grupo da Champions. Mas como disse, o Manchester United precisa de reconstruir tudo», prosseguiu.

Para essa reconstrução, diz Ronaldo, é preciso tempo: «É um dos melhores clubes do mundo, mas precisa de mudar. Acho que já perceberam isso. Já começaram a mudar: a estrutura, os donos, o centro de treinos. Estou feliz por isso. Não pela forma como aconteceu, mas porque está a ser feito. Ainda adoro o Manchester United e só quero o melhor.»

Cristiano Ronaldo acredita num «futuro brilhante» para o United, mas lembrou que é preciso muita união. Além disso, o avançado de 38 anos elogiou ainda a chegada de Ruud van Nistelrooy à equipa técnica de Erik ten Hag.

«Se o Ten Hag lhe der ouvidos, pode ajudar muito. Ele conhece o clube e o clube devia ouvir quem lá esteve. Roy Keane, Gary Neville, Paul Scholes, Sir Alex Ferguson… não se pode reconstruir um clube sem conhecimento.»

«Quem sabe de futebol é quem esteve no balneário. Quem são os melhores treinadores do mundo? Guardiola, Ferguson… Foram futebolistas, estiveram no balneário, percebem os jogadores. Se queres ir para a Fórmula 1, não percebes nada. Podes dizer que sabes fazer no computador, mas não é assim que funciona. Se o treinador o ouvir, pode melhorar o clube», atirou.

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