Filme “Mal Viver” de João Canijo conquista Urso de Prata no 73.º Festival de Cinema de Berlim

Agência Lusa , HCL
25 fev 2023, 19:11
Mal Viver

Elenco conta sobretudo com mulheres, com Rita Blanco, Anabela Moreira, Madalena Almeida, Cleia Almeida, Vera Barreto, Filipa Areosa, Leonor Silveira, Lia Carvalho, Beatriz Batarda, Leonor Vasconcelos e Carolina Amaral, às quais se juntam Nuno Lopes e Rafael Morais

O filme “Mal Viver”, de João Canijo, venceu este sábado o Urso de Prata para prémio do júri do 73.º Festival de Cinema de Berlim, anunciou o júri na cerimónia de palmarés.

No discurso de agradecimento, Canijo agradeceu à equipa de produção e distribuição, assim como à equipa que consigo criou o filme, "composta quase completamente por mulheres", nomeando em especial a diretora de fotografia, Leonor Teles.

"Para terminar, [agradeço] às mulheres que me deram a sua vida para este filme, as atrizes, são maravilhosas e deram-me a sua vida", afirmou o realizador português.

João Canijo esteve na competição deste festival com duas longas-metragens interligadas, que tiveram estreia em secções distintas: "Mal Viver" esteve na competição oficial e "Viver Mal" na secção Encontros, dedicada a "novas visões cinematográficas".

"Mal Viver" “é a história de uma família de várias mulheres de diferentes gerações, que arrastam uma vida dilacerada pelo ressentimento e o rancor, que a chegada inesperada de uma neta vem abalar, no tempo de um fim de semana", lê-se na sinopse."Viver Mal" segue em paralelo àquela história, focando-se nos hóspedes que passam pelo hotel.

A produtora Midas Filmes descreve os filmes como “um dos mais ambiciosos empreendimentos artísticos dos anos mais recentes” no percurso de João Canijo. Ambos se estreiam nos cinemas portugueses a 11 de maio.

João Canijo já tinha estado presente noutros festivais de cinema de relevo, como Cannes, com “Noite Escura” (2004), Veneza, com “Mal Nascida” (2007) e San Sebastian, onde venceu dois prémios com “Sangue do meu Sangue” (2011).

O júri da competição internacional da Berlinale deste ano foi presidido pela atriz norte-americana Kristen Stewart e composto pela atriz iraniana Golshifteh Farahani, pela realizadora alemã Valeska Grisebach, pelo romeno Radu Jude, pela diretora de 'casting' norte-americana Francine Maisler, pela realizadora espanhola Carla Simón e pelo realizador de Hong Kong Johnnie To.

António Costa saúda “merecido reconhecimento” de João Canijo no Festival de Berlim

O primeiro-ministro, António Costa, saudou a atribuição do Urso de Prata ao filme “Mal viver”, de João Canijo, considerando um “merecido reconhecimento internacional” para o realizador português com uma “obra marcante e de grande maturidade”.

“João Canijo está de parabéns pelo Urso de Prata Prémio do Júri atribuído ao filme “Mal Viver” na Berlinale. Merecido reconhecimento internacional para um cineasta português com uma obra marcante e de grande maturidade. O cinema nacional demonstra uma vez mais a sua excelência”, felicitou António Costa.

O chefe de Governo divulgou esta mensagem através da rede social Twitter, pouco depois do anúncio pelo júri do 73.º Festival de Cinema de Berlim do prémio atribuído a João Canijo.

Já o ministro da Cultura felicitou o realizador João Canijo pelo Prémio do Júri conquistado no Festival de Berlim, considerando que a sua obra mostra como o cinema português é fonte de "conhecimento e imaginação" sobre o país que somos.

"Canijo já tinha sido objeto de uma distinção extraordinária este ano, ao ter não um mas dois filmes selecionados para este festival que – a par de Cannes e de Veneza – está entre os três mais importantes do mundo", afirma o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, numa mensagem escrita enviada à agência Lusa.

Também o presidente da Assembleia da República salientou hoje que o Urso de Prata atribuído a João Canijo no Festival de Berlim “reconhece a coerência e valia da sua obra”, num momento “particularmente significativo para todo o cinema português”.

“O Urso de Prata atribuído hoje, no Festival de Berlim, ao filme de João Canijo, reconhece a coerência e valia da sua obra. É também um momento particularmente significativo para todo o cinema português”, escreveu Augusto Santos Silva numa mensagem na rede social Twitter.

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