Histórico da Irlanda diz que CR7 e Bruno Fernandes não podem jogar juntos

19 out 2021, 18:31
Cristiano Ronaldo, Bruno Fernandes e Solskjaer durante o Young Boys-Man United (PETER KLAUNZER/EPA)

Tony Cascarino aponta falhas aos dois na pressão sobre os adversários e diz que Solskjaer tem de abdicar de um, mas nunca de Ronaldo, para manter a equipa equilibrada. «Tem várias opções. A pior delas seria deixar cair Ronaldo»

Tony Cascarino, antigo avançado internacional pela Irlanda, considerou que Cristiano Ronaldo e Bruno Fernandes são incompatíveis na mesma equipa.

«Solskjaer sabia quem estava a trazer e esperou que os jogadores se ajustassem ao que Ronaldo precisava. O resto da equipa tem de pagar um preço por ter Ronaldo», introduziu o goleador das décadas de 80 e 90 numa coluna de opinião que mantém no jornal The Times.

«É a mesma situação que Portugal teve no Europeu: Ronaldo e Fernandes não funcionam do mesmo lado. A equipa torna-se demasiado fácil para os adversários», acrescentou.

Para Cascarino, os dois jogadores português são pouco intensos na pressão e isso acaba por penalizar o processo defensivo da equipa. A solução, vinca, passa por abdicar de um deles, sendo que o elemento sacrificado não pode, no entender dele, ser Ronaldo, uma vez que trata-se de «um dos melhores jogadores de sempre». «As pessoas dizem que Ronaldo não pressiona o suficiente, que ele não trabalha sem bola, mas ele é o jogador que tem um impacto como mais nenhum tem. Isto (pouca pressão) já aconteceu no passado. Berbatov não era alguém que corresse atrás da bola. Só que o problema é que não se trata de um jogador, mas de dois ou três», disse.

Cascarino diz que a solução passa por dar a titularidade a Edinson Cavani, que estaria para Ronaldo como Benzema esteve em tempos para o português no Real Madrid. «No PSG ele fez o 'trabalho sujo' para Neymar e Mbappé. Lingard também é uma opção. Fernandes pode ser muito melhor tecnicamente, mas Lingard vai fazer o trabalho sujo e criar oportunidades. Solskjaer tem várias opções. A pior delas seria deixar cair Ronaldo», concluiu o ex-futebolista de 59 anos internacional pela Irlanda em 88 ocasiões e com participações nos Mundiais de 1990 e 1994 e no Euro 88.

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