L, tuís Castro elogia compatriota. «É um capitão por tudo o que faz: a recuperação, alimentação, descanso, horas de sono»
O treinador do Al Nassr, o português Luís Castro, rejeitou de forma clara a ideia de que chegou ao clube da Arábia Saudita devido ao compatriota Cristiano Ronaldo, a quem deixou elogios ao fim de cerca de dois meses de trabalho.
«Eu não vou validar a teoria de que o Ronaldo me quis como treinador. Não vou validar, porque ele nunca me disse. Falo do estar aqui e do desafio. Primeiro, saí de um clube para vir para cá e, quando fui contratado pelo Botafogo, tinha o compromisso de construir uma organização, um plantel, pôr uma equipa pronta a lutar por algo maior do que o que existia quando cheguei. Esse “algo maior” era lutar por uma vaga na Libertadores e ser uma equipa credível em cada um dos jogos, que fôssemos sempre respeitados», começou por dizer, em declarações ao Canal GOAT, numa entrevista lançada na noite de segunda-feira.
«Pouco tenho a falar dele que o mundo não saiba, o foco que ele tem no dia a dia no futebol. Mas a verdade é que ele transmite uma energia ao jogo e aos colegas que é bastante contagiante. O exemplo que ele é no dia a dia de treino, na recuperação, nos cuidados a ter para voltar a jogo, acho que é fantástico. Ele é um capitão por aquilo que faz em cada segundo do seu dia e o que dá ao futebol: a recuperação, alimentação, descanso, horas de sono e os dados que ele tem todos os dias sobre o desempenho faz com que chegue a jogo nas melhores condições. É esse jogador que pode dar e ir aos limites dele próprio, porque ele sabe os seus limites», apontou.
«Arábia vai ser das melhores ligas do mundo»
Questionado sobre a força que a liga saudita pode vir a ter no futebol mundial e a ideia que Ronaldo já tinha deixado de que iria ser das cinco melhores ligas do mundo, Luís Castro rejeitou fazer «futurologia», mas crê que o campeonato do país vai ser dos melhores.
«Futurologia não faço. Falo sobre o momento. Onde estão os melhores jogadores do mundo, tem de ser das melhores ligas do mundo. E se a Arábia Saudita neste momento tem dos melhores jogadores do mundo, claramente vai ser das melhores ligas do mundo. É a propriedade da transição. Tem os melhores, vai ser melhor. Claro. Acho que sim», respondeu, revelando que a equipa ainda vai precisar de ser reforçada.
«Tem de pelo menos ter mais dois jogadores para equilibrar mais a equipa. As equipas nunca param de se montar», defendeu.
«Não é só dinheiro»
O técnico do Al Nassr sublinhou ainda a ideia de que a mudança de vários jogadores e treinadores com estatuto no futebol mundial não é «só» pelo «dinheiro».
«Não é, ao contrário do que dizem, só o dinheiro, mas as pessoas insistem em dizer que é só dinheiro. Nós só devemos combater quando conseguimos. Quando não conseguimos combater, devemos deixar que as pessoas caminhem por onde quiserem», disse.