Vice do Flamengo: «Jesus achou que eu ia ficar refém dele»

27 set 2022, 09:01
Marcos Braz

Marcos Braz volta a recordar a «novela» em dezembro de 2021, quando o treinador português chegou a reunir com dirigente do Flamengo quando ainda orientava o Benfica

Marcos Braz, vice-presidente do Flamengo e responsável pela gestão do futebol profissional do clube carioca, voltou a recordar toda a «novela» no final de 2021, quando Jorge Jesus deixou o Benfica e acabou por não regressar ao Flamengo depois de ter chegado a reunir em Lisboa com dirigentes da equipa brasileira.

«Não dava para esperar para ver o que aconteceria com o Benfica para ver se o Jorge teria a possibiiidade de vir para cá. Tomámos uma posição, fomos para uma direção. Quando o Flamengo já tinha assinado um protocolo com o Paulo [Sousa], e vazou isso e o staff do Jorge soube disso, nesse dia o Jorge foi para o Benfica e acho que ele não acreditava que eu iria tomar esta posição», disse numa entrevista na emissora Jovem Pan Esportes.

Marcos Braz considerou que o técnico português, atualmente no Fenerbahçe, não acreditava que a escolha do Flamengo por outro treinador luso fosse irreversível, até pelo capital conquistado no Brasil com os títulos do Brasileirão e Libertadores dois anos antes.

«Achou que eu ia ficar refém dele, porque a pressão do Flamengo aqui era muito grande», vincou, referindo-se depois à polémica entre Pizzi e Jorge Jesus após o jogo entre o Benfica e o FC Porto para a Taça de Portugal no Dragão, o último do técnico ao serviço das águias.

«Quando ele viu a posição que eu tomei, ele foi para o clube e num facto que nada tem a ver com o Flamengo, ele já vinha em rota de colisão com o capitão da equipa, ele afasta o capitão. Quando ele comunica que afastou o capitão, os jogadores não saíram para treinar. Ficaram 50 minutos no vestiário, chegou o presidente e outra pessoa e os jogadores disseram que ou o Jorge integrava o jogador ou não treinavam. E o Jorge chegou à conclusão de que a rota de colisâo estava muito grande e que não poderia ficar. Um dia depois de o Flamengo já ter técnico. Quiseram fazer 200 situações para que se voltasse atrás», acrescentou sem concretizar quem.

«A situação já estava acertada e ajustada. Você acha que eu sou um imbecil? Um retardado? Não sabe o tamanho da pressão numa escolha ou na situação de um técnico que deu errado ou não deu certo? O Jorge Jesus era a maior movimentação de segurança que eu tinha ou tenho nestes anos todos», rematou.

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