Treinador português sai em defesa de Ali Koç, que diz estar acima de todos os outros com os quais trabalhou em 35 anos de carreira
No final do Fenerbahçe-Sevilha, jogo que a equipa de Jorge Jesus venceu mas não evitou a eliminação da Liga Europa, os adeptos do conjunto turco manifestaram-se contra a direção e no final da partida, na conferência de imprensa, o treinador português deu o peito às balas pelo presidente Ali Koç.
«Não me apercebi disso, mas se foi o que aconteceu no fim do jogo, é injusto. O Fenerbahçe tem um grande presidente. Tenho 35 anos de treinador, já tive muitos presidentes e sei o que é um grande presidente. O Fenerbahçe pode agradecer a Deus por ter um grande presidente. Faz tudo pela equipa e se a equipa não tem ganho títulos nos últimos anos, não é por culpa dele. Os principais culpados são sempre os treinadores e os jogadores. O presidente dá tudo a esta equipa. Tudo! E eu, que estou aqui a trabalhar com ele há oito meses, posso dizer que foi o melhor presidente com quem trabalhei até hoje. E gostava que ele tivesse sorte, porque ele merece ter sorte», afirmou.
Sobre a eliminação da Europa, Jesus disse que ia acontecer mais cedo ou mais tarde, apesar de considerar que nesta quinta-feira o Fenerbahçe merecia ter tido mais sorte. «Não vou dizer que podia ganhar a Liga Europa, porque o Fenerbahçe não tem equipa para ganhar a Liga Europa. Há equipas muito mais fortes do que o Fenerbahçe na Liga Europa. Foi justo chegarmos aos oitavos de final e se tivéssemos passado aos quartos também era justo. Mas mais tarde ou mais cedo íamos sair desta competição.»
O treinador português abordou depois o campeonato, onde o Fenerbahçe está no 2.º lugar com menos nove pontos (e menos um jogo) do que o líder Galatasaray. Jesus disse acreditar ser possível recuperar os pontos perdidos, mas considerou, irritado e com um murro na mesa pelo meio, que a Liga turca, seja ela vencida por quem for, não terá verdade desportiva este ano.
