Queiroz pede o prolongamento da época 2019/20 até dezembro

23 mai 2020, 21:30
Argentina-Colômbia (Reuters)

Treinador português defende uma uniformização do calendário

O português Carlos Queiroz, atual selecionador da Colômbia, defende a existência de um «calendário global uniformizado e harmonizado» e o prolongamento da época 2019/20 até dezembro, sem esquecer o futebol feminino, de formação e as ligas secundárias.

«O regresso a um cenário normal de competições nacionais e internacionais exige, como medida fundamental, o anúncio de um calendário global uniforme e harmonizado, com todas as ligas as serem disputadas de fevereiro a dezembro, pelo menos até ao Mundial2022, no Qatar», disse Queiroz à página da Federação Colombiana de Futebol (FCF).

O antigo selecionador português considera que a FIFA e as Federações nacionais devem repensar neste período de transição até ao Mundial2022, o número de equipas, as fórmulas das competições, o número de jogos e tipo de competições.

«No imenso ‘iceberg' do futebol mundial não podemos apenas privilegiar os jogos das Ligas de elite e ignorar a parte maior e invisível do futebol no mundo real. Pelo contrário, hoje devemos concentrar toda a nossa atenção nesta parte», reforçou Carlos Queiroz.

O técnico admitiu que ninguém esperava que «um vírus, com um simples clique, pudesse pôr KO o mundo do futebol», expondo-o a uma crise de liderança institucional e conceptual, e exortou a FIFA e as Federações a «não renunciarem ou falharem ao gigantesco desafio que é a responsabilidade de liderar a recuperar a autonomia e o poder da tomada de decisões institucionais.»

Queiroz comparou mesmo os líderes das instituições que gerem o futebol mundial a serem tão bons fora de campo como os melhores são nos relvados.

«Os grandes líderes estão obrigados a ir a jogo fora do campo, com os mesmos passos mágicos que James [Rodríguez], Messi, Neymar e Cristiano Ronaldo fazem em campo, decidindo e propondo uma fórmula e um modelo conceptual que possibilite e permita, a curto prazo, transformar o impossível em possível no mundo do futebol», defende.

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