Demissão do treinador português é um cenário provável, sobretudo após a derrota do Vasco na última madrugada
Quatro jogos, três derrotas, um empate, 10 golos sofridos e um marcado. O registo de Álvaro Pacheco desde que assumiu o Vasco da Gama é negativo e o desaire da última madrugada no terreno do Juventude (2-0) aumentou a contestação.
O treinador português tem o lugar em risco, mas assumiu, após a partida, que não vai escapar às responsabilidades.
«É um momento complicado, mas temos de continuar a trabalhar para estarmos mais preparados no próximo jogo. Não posso desistir nem duvidar das minhas capacidades. Estamos a passar por um momento que não queríamos, mas temos de trabalhar e focar-nos», assumiu Pacheco, que chegou à conferência de imprensa mais de uma hora depois do apito final.
«Não vim mais cedo porque estava à espera de que me chamassem e, quando me chamaram, eu vim. Não aconteceu nada e eu não sou um treinador de desistir. Na nossa vida existem momentos bons e momentos maus, e nos momentos de fracasso temos de nos tornar mais fortes. Vou tornar-me muito mais forte como treinador. Eu acredito muito naquilo que eu trabalho, naquilo que eu estou a desenvolver com o plantel e acredito que os resultados vão aparecer da forma que nós treinamos. Temos de continuar e focar naquilo que é o trabalho, só o trabalho pode tirar-nos desta situação», sublinhou.
O Vasco ocupa o 16.º lugar do campeonato brasileiro, com sete pontos em 10 jogos, mas pode cair ainda nesta jornada para a zona de despromoção.
«Eu não sou um treinador que gosta muito de arranjar desculpas, mas nós chegamos ao Vasco num momento complicado, de muita transformação e de instabilidade e estamos a conhecer o clube e principalmente os seus atletas», assumiu o técnico luso, que admitiu alguma «ansiedade» na equipa.
«Precisamos de um pouco mais de tranquilidade e segurança para tomarmos as nossas decisões. E eu, como treinador, tenho de a dar aos meus jogadores. Nós não podemos fugir. Eu, enquanto treinador, não vou fugir. É um momento complicado, é um momento que a força vascaína está triste, não só connosco, mas comigo, e isso é compreensível. O que nós temos de fazer é continuar a trabalhar, e o que não podemos fazer é duvidar do que somos e duvidar das nossas capacidades, daquilo que queremos fazer. Há uma coisa que eu sei: temos de trabalhar, todos nós temos de nos unir cada vez mais. É uma situação complicada, percebemos que somos nós que temos de sair desta situação e todos juntos», concluiu.
A imprensa brasileira escreve que Álvaro Pacheco está de saída do Vasco e deverá ser demitido esta quinta-feira, no regresso ao Rio de Janeiro.