Abel fala da seleção brasileira e projeta 2023: «O mesmo, mas melhor»

2 jan 2023, 23:48
Abel Ferreira

Treinador português falou à margem de uma homenagem prestada pela Junta de Freguesia de Meinedo, em Lousada. «Os nossos adversários também se vão reforçar, vão olhar para nós como a equipa a abater»

Abel Ferreira disse sentir-se «honrado» por ver o seu nome associado à seleção brasileira para a sucessão de Tite, mas reiterou que nesta altura é no Palmeiras que está focado e aproveitou para projetar o ano de 2023.

«A minha realidade é o Palmeiras, mas é uma honra muito grande ver o nosso nome associado a grandes clubes ou a grandes seleções. Vivo com os pés assentes no aqui e no agora e a minha realidade é o Palmeiras, que começou a trabalhar hoje e eu estou aqui», disse o treinador, à margem de uma homenagem prestada pela Junta de Freguesia de Meinedo, em Lousada, onde recebeu um Voto de Louvor pelo sucesso alcançado ao serviço do clube brasileiro.

«Pela relação que tenho com a direção e com os meus capitães, comuniquei-lhes que tinha algo a fazer em Portugal, não lhes disse o quê, mas eles já sabem. Começou hoje a época e não consigo estar em dois sítios ao mesmo tempo. Na quarta-feira já lá estarei para continuar esta caminhada que decidimos fazer juntos até 2024», acrescentou.

Em pouco mais de dois anos no Palmeiras, Abel conquistou duas Taças Libertadores, uma Recopa sul-americana, uma Taça do Brasil e o Brasileirão em 2022.

«Queremos fazer o mesmo, mas melhor. O que fizemos já é passado e dá-nos responsabilidade e orgulho, mas agora queremos mais. Quem está no Palmeiras tem de lutar por títulos. Este ano vamos lutar por cinco, porque não vamos poder disputar o Mundial. E dentro desses cinco, vamos tentar agarrar o máximo possível, mas para isso teremos de fazer melhor, porque os nossos adversários também se vão reforçar, vão olhar para nós como a equipa a abater», apontou o treinador português, que disse esperar mais dificuldades em 2023.

«O futebol brasileiro fez com que eu refletisse e percebesse onde estava para me adaptar. Agora, serão sete ou oito treinadores portugueses. Sei da competência deles, mas a competência não tem nacionalidade nem idade. Por isso, partimos para uma competição onde vários querem ganhar. Acho que na história do futebol brasileiro, nunca teve tantos clubes com tanta história a competir na 1.ª Liga como este ano, com as subidas do Grémio, do Cruzeiro, do Vasco. Tem tudo para ser uma grande competição, como, aliás, sempre é», concluiu.

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