Grupo está à procura de profissionais de diversas áreas, em países como Alemanha, Áustria, Bélgica e Suíça
O grupo aéreo Lufthansa lançou, esta segunda-feira, uma campanha para recrutar 20 mil trabalhadores na Europa, num contexto de forte recuperação do tráfego aéreo e de escassez de pessoal no setor.
A Lufthansa "recruta 20 mil novos colaboradores" de diversas profissões na Alemanha, Áustria, Suíça e Bélgica, indicou o grupo em comunicado.
Os profissionais mais procurados são "técnicos, especialistas informáticos, juristas, pilotos e pessoal de cabine", de acordo com o texto.
Uma parte da oferta de emprego é criação de novos postos de trabalho e o resto é a substituição de trabalhadores que deixaram o grupo, disse à AFP um porta-voz.
Segundo números divulgados recentemente, a Lufthansa tinha 108.000 trabalhadores no fim de setembro e pretende que esse número passe para 115.000 em finais de 2023, ou seja menos do que os 138.000 funcionários que o grupo tinha no fim de 2019, antes da crise causada pela pandemia de covid-19.
Para esta oferta de emprego, o grupo aéreo vai lançar uma campanha de comunicação "na imprensa, na rádio, 'online' e em todas as redes sociais" para chegar aos candidatos.
Como todo o setor da aviação, a Lufthansa tem sido confrontada com falta de pessoal, dado que muitos funcionários deixaram o setor durante e após a pandemia.
A empresa alemã eliminou 30.000 postos de trabalho entre 2020 e 2021, devido à crise sanitária.
Mas o grupo, que detém as companhias Austrian, Swiss, Eurowings e Brussels Airlines, tem recuperado, beneficiando da forte retoma das viagens aéreas verificada nos últimos meses e em novembro assegurou "ter deixado a pandemia para trás".
No segundo trimestre, a empresa registou um lucro líquido pela primeira vez em mais de dois anos.
Em meados de setembro, o Estado alemão vendeu todas as participações que ainda tinha na Lufthansa, depois de ter ficado com 20% da companhia em 2020 no âmbito de um plano de resgate de 9 mil milhões de euros durante a crise sanitária.