No seu espaço semanal de comentário no Jornal Nacional, Miguel Sousa Tavares analisa a audição da procuradora-geral da República no Parlamento, a fuga de cinco reclusos de Vale de Judeus, a independência de Timor-Leste e o debate Kamala-Trump
"Vai ser um alívio para os cidadãos e para os nossos direitos quando a senhora procuradora-geral da República se for embora daqui a um mês", afirmou Miguel Sousa Tavares, esta quinta-feira, no seu espaço semanal de comentário na TVI, do mesmo grupo da CNN Portugal.
O comentador deu "nota negativa" ao que disse ser a "pose majestática e arrogante" com que Lucília Gago respondeu aos deputados, numa audição destinada a fazer o balanço do mandato. Para além da postura, todas as declarações da procuradora-geral da República mereceram a reprovação de Miguel Sousa Tavares.
Lucília Gago esteve "verdadeiramente extraordinária" na questão da violação do segredo de justiça, ironizou o comentador, para quem "há muita gente neste país prejudicada sem razão por causa das fugas de informação e da maneira como elas aparecem na imprensa". "A procuradora primeiro disse que não tinha nada a ver com o Ministério Público. Deve ser por acaso que quando alguém é preso logo a seguir há jornais que já sabem toda a acusação e suspeitas", acrescentou.
A terminar, sobre o perfil do sucessor de Lucília Gago, Miguel Sousa Tavares não defendeu que seja alguém fora do Ministério Público, mas considerou que deve ser "alguém com uma visão dos direitos dos cidadãos que até aqui a senhora procuradora não tem tido".