Segurança privado sem título profissional acusado de agredir duas jovens austríacas em discoteca em Lisboa

Agência Lusa , DCT
15 nov 2022, 16:28
Cais do Sodré

Ambas as jovens austríacas tiveram de receber tratamento hospitalar e uma delas teve de ser submetida a uma intervenção cirúrgica de emergência

O Ministério Público acusou um homem por ofensas à integridade física qualificadas e exercício ilícito da atividade de segurança privada num caso ocorrido numa discoteca em Lisboa, em 2021, que teve como vítimas duas jovens austríacas.

Segundo adianta a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL), neste processo foram ainda acusados outros três arguidos pela prática do crime de omissão de auxílio.

A PGDL refere que os factos ocorreram na madrugada de 30 de outubro de 2021, numa discoteca de Lisboa, quando as duas jovens austríacas se insurgiram “com a atitude do principal arguido, que empurrava diversas pessoas que se encontravam na fila para pagamento".

De acordo com a acusação, este primeiro arguido "levantou em peso uma das ofendidas e empurrou e arrastou ambas as vítimas até à porta de saída", tendo, depois, desferido "uma pancada de mão fechada na face de uma delas" e agredido a outra "violentamente a soco na zona do maxilar".

Tudo isto perante a passividade dos restantes arguidos, que exerciam funções de segurança na discoteca, menciona a acusação.

Ambas as jovens austríacas tiveram de receber tratamento hospitalar e uma delas teve de ser submetida a uma intervenção cirúrgica de emergência.

O MP acusa o principal arguido de agir "como se fosse um segurança da discoteca, estando no local reservado àqueles, não sendo, no entanto, possuidor de título profissional que o capacite a exercer a atividade de segurança privada".

A acusação assinala ainda que este arguido tem "condenações anteriores, designadamente por crimes de ofensas à integridade física, rapto, extorsão, associação criminosa e coação", pelo que o Ministério Público entende que "deve ser punido como reincidente".

A investigação foi dirigida pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, com a coadjuvação da PSP.

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